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Consumo deve mais que dobrar no País até 2030
20/08/2008 | 07:20
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O mercado brasileiro de consumo mais do que dobrará em valores absolutos de 2007 a 2030, de acordo com estudo divulgado na terça-feira pela Ernest & Young em parceira com a área de projetos da FGV-Projetos (Fundação Getúlio Vargas).

No período, o total de vendas passará de R$ 1,41 trilhão no ano passado para R$ 3,30 trilhões em 2030. "Em razão do crescimento econômico e da mobilidade social, as taxas de crescimento do consumo serão maiores nas classes de maior poder aquisitivo, justamente as com maior expansão nos próximos 23 anos", afirmou o professor da FGV Fernando Garcia.

Para ele, a participação das despesas de consumo das famílias com mais de R$ 8 mil de renda mensal no total do consumo passará de 22,4% no ano passado para 37,2% em 2030. Já a participação das famílias com renda mensal até R$ 2 mil no volume total diminuirá 15 pontos porcentuais nos próximos anos em virtude da migração para as classes de renda mais elevada.

"O comércio, portanto, tende a se especializar, e pequenas lojinhas de material de construção e bares nas favelas serão em menor quantidade, porque a favela tende a desaparecer", previu Garcia.

Segundo ele, esse tipo de desenvolvimento social com conseqüências econômicas já foi visto no passado em outros países que estão hoje em diferente estágio de desenvolvimento na comparação como o Brasil.

Segundo as expectativas contidas no levantamento, uma nova parcela de mercado consumidor no montante de R$ 1,893 trilhão surgirá até 2030. Esse valor se somará à atual quantia de R$ 1,41 trilhão. Além de uma nova composição social, os elaboradores do trabalho prevêem um novo perfil demográfico no país em 2030 na comparação com as características verificadas no ano passado.

Em 2007, mais da metade da população brasileira tinha menos de 25 anos, e a perspectiva é de que daqui a 22 anos o número de pessoas com idade entre 30 e 55 anos dominará a população. "Dessa forma, o mercado para imóveis, automóveis e saúde tende a crescer num ritmo mais acelerado do que outros setores", previu.

No mapa de oportunidades de consumo desenhado pelas instituições, a região Sudeste seguirá como destaque, já que sua participação no total de consumo por região do Brasil ficará praticamente estável, passando de 53,3% em 2007 para 52,5% em 2030. O potencial de consumo na região subirá 3,7% ao ano no período, passando de R$ 751 bilhões em 2007 para R$ 1,734 trilhão em 2030.




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