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Irene cogita sair de prévias caso Reali acolha exigências
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
17/12/2011 | 07:58
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A vereadora Irene dos Santos (PT), pré-candidata à Prefeitura de Diadema, afirmou que só retirará o pedido de prévias protocolado no diretório do PT caso o alto clero petista acolha as exigências feitas pela Articulação de Esquerda. Entre os pedidos feitos estão a valorização ao funcionalismo público e a retomada da chapa majoritária pura para a reeleição do prefeito Mário Reali (PT).

Na reunião de terça-feira, a sigla aprovou resolução interna de estabelecimento de calendário eleitoral para debater o pleito de 2012. Embora a direção petista afirme que a adoção da programação não tenha relação ao pedido de prévias, a estratégia foi estender o prazo de ultimato para retirada da disputa interna. A intenção dos comandantes da legenda é evitar rusgas partidárias e mostrar unidade para o projeto de reeleição de Reali.

"Concordamos com esse calendário eleitoral porque passará diretamente por um dos pontos que mais discutimos, que é a política de aliança. Nossa pretensão de prévia está ligada à avaliação. Se eles se dispuserem a reavaliar a tendência atual e discutir temas como municipalização do ensino e funcionalismo podemos considerar", comentou Irene.

A Articulação de Esquerda não abre mão da indicação de chapa pura para 2012. Reali tem sinalizado pela manutenção da legenda, com o ex-prefeito Gilson Menezes (PSB) na vice. O diagnóstico da direção petista é que Reali teria muitas dificuldades de vencer a eleição caso não abra a chapa para alguma legenda aliada.

Em 2004, o PT encarou o pleito com José de Filippi Júnior (PT) e Joel Fonseca (PT), contra José Augusto da Silva Ramos (PSDB). O tucano perdeu por pouco mais de 500 votos, ligando o sinal de alerta entre os petistas. Em 2008, Reali e Gilson, que estava no PSC, derrotaram José Augusto no primeiro turno. 

GUERRA

Para Irene, a inserção de aliados no núcleo duro do governo pode prejudicar ainda mais a administração. "Sabemos que o PT está desgastado e que a eleição será uma guerra. Precisamos retomar as políticas adotadas no início do PT (a legenda assumiu o Paço em 1983, com Gilson). Não podemos dar margem para troca no comando. Se o Lauro Michels (PV) ou o Zé Augusto assumirem a Prefeitura, será enorme retrocesso."




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