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O dinheiro acabou, o que pagar primeiro?
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
18/05/2008 | 07:35
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Praticamente todos já passaram por imprevistos financeiros e se depararam com o ‘saldo devedor'(contas a pagar) maior que o ‘saldo credor' (salário do mês). Se a conta não fecha, o que fazer para evitar que um problema momentâneo se transforme numa longa dor de cabeça?

A saída é escolher, com cuidado, o que deve ser pago e o que pode ser ‘empurrado' para o mês seguinte, até que as coisas entrem nos eixos de novo.

O coordenador do curso de Economia da Universidade Imes, de São Caetano, Francisco Rozsa Funcia, explica que o ideal é fazer um planejamento e uma reserva pessoal para evitar esses problemas, embora ninguém esteja livre de prejuízos inesperados, seja com uma demissão, doença em família, carro quebrado.

"Nessa hora é necessário definir: 1. o que deixar de gastar; 2. quais dívidas têm os maiores encargos; e 3. que contas podem ser pagas com atrazo sem maiores consequências", disse.

Numa primeira análise, o ideal seria priorizar o pagamento do cartão de crédito ou cheque especial, cujos encargos são os mais elevados, e deixar aqueles que têm multa e juros menores para depois.

Dessa forma, evita-se que o endividamento aumente demais. Porém, pagar o cartão ou o cheque pode significar não ter dinheiro para quitar as contas de serviços essenciais como água, luz e telefone ou mesmo para fazer a despesa do mês.

É por essa razão que Funcia aconselha não a suspensão do pagamento propriamente dito, mas o seu parcelamento em bases melhores. Para ele, qualquer negociação deve ser feita logo no começo e não quando a coisa vai ficando desesperadora.

"Isso pode ser feito em relação a coisas que você pode deixar de usar. Por exemplo, podemos negociar o parcelamento da dívida no cheque especial e não usá-lo mais até que a questão esteja resolvida. Mas não é prudente fazer isso com conta de água ou aluguel porque além das parcelas negociadas, a pessoa terá de continuar pagando os meses futuros, ou seja, vai acabar aumentando o valor de seus compromissos", explica.

Se a pessoa resolver deixar de lado algum tributo como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) ou IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor), deve observar o valor da multa que no caso do IPVA é de 20%, porém, só será efetivamente cobrado na hora da renovação do licenciamento.

O importante é o consumidor ter em mente que não existe mágica. A melhor forma de sair de uma dívida é adequando os gastos ao tamanho do salário.




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