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Verde quer inibir novos estabelecimentos noturnos
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
24/04/2011 | 07:56
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A audiência pública para discutir a revisão do Plano Diretor de Santo André ocorre dia 29, mas nos bastidores da Câmara já chama a atenção as ideias que se serão defendidas por alguns parlamentares.

O vereador Donizeti Pereira (PV), líder do governo Aidan Ravin (PTB), quer apresentar proposta para inibir a verticalização no município, de modo especial no bairro Jardim. Ele argumenta que a área tinha característica residencial, mas na última década se tornou referência da cidade por conta dos estabelecimentos comerciais noturnos, como restaurantes e bares.

Para ele, outros bairros da cidade podem ser contemplados com novos empreendimentos noturnos. "Talvez a Vila Bastos. A concentração específica no bairro Jardim tem trazido grandes transtornos para a cidade e os moradores. Está saturado."

Uma das saídas, de acordo com o vereador, seria a regulamentação de horário de bares. Projeto similar, que tramita na Casa, é o de poluição sonora, de autoria de Paulinho Serra (PSDB), que prevê horários e volume do som nos estabelecimentos.

Outro ponto a ser discutido na audiência pelo verde seria o crescimento imobiliário e a construção de inúmeros edifícios sem pensar na qualidade de vida dos moradores. Donizeti defende que o Plano Diretor preserve o bairro de mais construções. "Vou ouvir especialistas e conversar com mais moradores do bairro. Não gostaria que a cidade ficasse verticalizada. Quem mora em casa há mais tempo já não tem sol no quintal por causa dos prédios."

O vereador relata que levará a proposta para ser discutida entre os 21 vereadores antes da audiência. A revisão do Plano Diretor traz restrições à verticalização no entorno de parques, praças e vilas consideradas históricas, entre outros locais. Imóveis com mais de dois andares só poderão ser construídos a mais de 40 metros de distância dessas áreas, o que abrange, aproximadamente, a largura da via mais o terreno em frente.

Recentemente, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Frederico Muraro, disse que o Plano Diretor impõe regras aos potenciais investidores da cidade. "A verticalização é realidade, mas não pode continuar sem regras", ressaltou.

O oposicionista Jurandir Galo (PT) quer discutir o desenvolvimento econômico da cidade dentro do projeto. "Vamos levantar o debate para saber até que ponto o desenvolvimento econômico pode ou não ter impacto na evolução da cidade."




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