Passado o susto no jogo de ida, o São Paulo tem 90 minutos para suportar a pressão do Emelec e chegar à semifinal da Copa Sul-Americana. Graças à vitória por 4 a 2 na semana passada, o time tricolor entra em campo nesta quarta-feira, às 22 horas (de Brasília), no estádio George Capwell, em Guayaquil, no Equador, podendo até perder por um gol de diferença, mas promete jogar no ataque para aumentar a vantagem e evitar surpresas.

Os nove minutos em que o Emelec marcou dois gols e quase pôs abaixo a excelente vantagem de 3 a 0 construída na etapa inicial no Morumbi foram o alerta para que o time se mantenha antenado desde o início. A receita já está na ponta da língua. "Contra o Huachipato (no Chile), a equipe foi guerreira porque foi jogar, jogou e venceu. Não podemos, contra o Emelec, fazer diferente, até porque temos equipe para vencer lá e é isso que vamos tentar fazer", afirmou Souza.

Ao menos no discurso, o que se verá no Equador será uma equipe propondo o jogo e não apenas disposta a usar o contra-ataque. A julgar pelo que se viu no Morumbi, a partida mais uma vez será de muita intensidade física e jogadas ríspidas. Não foram poucos os hematomas e feridas que castigaram os são-paulinos no jogo de ida - Kaká, por exemplo, ainda hoje está com o olho direito roxo por causa de uma pancada. "Esperamos um jogo complicado, difícil, duro", projetou Michel Bastos, autor de um dos gols na semana passada e provável titular nesta quarta.

Além do Emelec, o São Paulo precisará também enfrentar a fadiga que se abate sobre o grupo na reta final da temporada. Com uma sequência de jogos intensa, os jogadores encararam 15 horas de viagem para o Equador e chegaram extenuados, o que fez que o último treino fosse dedicado apenas a posicionar o time em campo.

A equipe tem o retorno de Denilson ao meio de campo após o volante cumprir suspensão no duelo de ida. Ele entrará na vaga de Maicon, lesionado. O restante do time deve ser o mesmo que venceu no Morumbi. Kaká mais uma vez deve ser adiantado para jogar ao lado de Alan Kardec no ataque e abrirá uma vaga para Michel Bastos no meio.

AO ATAQUE - Precisando de pelo menos dois gols para passar de fase, o Emelec deve ter o mesmo time que atuou no Morumbi. O técnico Gustavo Quinteros convocou a torcida e prometeu uma equipe bastante ofensiva. "Essa será a partida das nossas vidas. Precisamos deixar a vida e a alma em campo para conseguirmos a classificação", afirmou o goleiro Dreer.