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MP aguarda relatório sobre pronto-socorro
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
11/09/2010 | 07:43
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A Coordenadoria de Vigilância à Saúde de Diadema tem até o dia 20 para responder ao ofício expedido em agosto pelo Ministério Público da cidade. O documento pede a realização de nova inspeção geral no Pronto-Socorro Municipal de Diadema. A análise mais recente havia sido feita em 2008.

Ontem, a equipe do Diário teve acesso novamente ao inquérito civil nº 29/2010, instaurado em 31 de março, que investiga a relação entre mortes e falta de médicos no PSM de Diadema, anexo ao Quarteirão da Saúde.

Na ocasião da vistoria realizada entre 23 e 29 de julho de 2008, a Prefeitura alegou que durante a inspeção "foram verificadas boas condições higiênico-sanitárias, sendo que as inadequações apontadas não representam risco iminente de saúde. Os responsáveis dos serviços foram orientados pelas autoridades sanitárias a proceder as correções das inadequações".

Na conclusão, foi declarado que o hospital tem boas condições de higiene para o desempenho da atividade de atendimento de urgências e emergências.

Em 9 de agosto, atendendo a outro ofício do MP, a Prefeitura enviou os nomes de mais de 550 funcionários da rede de saúde pública de Diadema que foram admitidos desde 2008, entre exonerados e em atividade. O relatório não precisa exatamente quantos médicos estão disponíveis para cada centro médico. No PSM, são atendidas 16 mil pessoas por mês, sendo 6.000 crianças.

Segundo a administração, em 2008 morreram 311 pacientes no local; em 2009, foram 317 óbitos. Durante a investigação do caso, a Prefeitura ainda informou que o quadro mínimo para atender casos de urgência e emergência é de quatro médicos, e que a equipe do PSM é de sete médicos por período (entre adulto e pediatria).

REPERCUSSÃO
Um dos últimos casos registrados por falta de atendimento no PS aconteceu no domingo de manhã. Acompanhada pela mãe Cristina de de Paula, 33 anos, Estefani Ferreira de Paula, de 11 meses, morreu após não ter conseguido ser atendida no hospital.

A bebê morreu no colo da tia a caminho de outro hospital. A enfermeira que informou não haver médico para realizar o atendimento emergencial na ocasião foi afastada de suas funções pela Prefeitura na quinta-feira.

O médico plantonista e a agente administrativa também são investigados. Os laudos sobre as causas da morte serão concluídos em 60 dias.




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