Esportes Titulo
Rogério Ceni supera Chilavert e faz história no futebol mundial
Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
20/08/2006 | 22:07
Compartilhar notícia


Rogério Ceni se transformou no maior goleiro-artilheiro da história ao marcar hoje mais dois gols em sua carreira, chegando ao 64º gol – um de falta, outro de pênalti. Capitão, líder, ídolo. Rogério é hoje o símbolo da torcida tricolor. Vê, na arquibancada, seu nome na bandeira que diz todos têm goleiro, mas só o São Paulo tem Rogério Ceni. Faz sentido quando Ceni segue em direção à bola, ajeita como quem não precisa de muito tempo para saber o que fazer com ela. E tem se tornado comum vê-lo sair para comemorar os gols de falta, de pênalti.

“Fico contente de ter chegado nessa marca nesse clube, que eu gosto tanto. Fico ainda mais feliz, pois sei que dei uma grande felicidade ao torcedor são-paulino”, disse o goleiro, que precisou de um tempo para lembrar que era um recordista. “Não lembrei do recorde na hora. Fui perceber só quando cheguei no gol. Acho que até por isso consegui marcar, pois não estava me cobrando muito, estava concentrado apenas em bater a falta”, afirmou.

Além de ajudar o São Paulo na briga para se manter na liderança do Campeonato Brasileiro, o camisa um bateu o recorde de 62 gols do paraguaio Jose Luiz Chilavert, um dos principais desafetos da torcida são-paulina. O ex-goleiro era o capitão do Vélez Sarsfield, que impediu o Tricolor de conquistar o tricampeonato da Libertadores, em 1994. Ceni era reserva imediato de Zetti.

Hoje, foi a vez do camisa um do São Paulo comemorar. No primeiro gol, comemorou pouco, como se nada tivesse acontecido. Via seu time perder para o Cruzeiro e entendia que, de nada adiantaria o recorde naquele momento se o São Paulo não vencesse. Não venceu. Mas foram dele os dois gols são-paulinos no jogo. No segundo, então aproveitou um pouco mais a tarde feliz.

Rogério Ceni nasceu em Pato Branco, no Paraná, mas foi em Sinop, no Mato Grosso, que o atleta iniciou a sua trajetória no futebol. Curiosamente, o jogador começou a carreira na linha, era volante. A primeira experiência no gol aconteceu por acaso. Rogério substituiu o chefe – na época trabalhava no Banco do Brasil – e gostou da função. Por causa da boa atuação nas peladas foi convidado para integrar o elenco do Sinop Futebol Clube.

Em 1990, seguiu para São Paulo e foi aprovado em uma peneira no Tricolor. Três anos mais tarde, levantou a taça da Copa São Paulo de Juniores. A condição de reserva terminou sete anos depois. De lá para cá, Rogério se transformou no camisa um do São Paulo e assumiu a liderança do time.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;