Política Titulo Governo do Estado
PSDB próximo de manter hegemonia em São Paulo

Líder nas pesquisas, Alckmin tende a vencer corrida eleitoral do Estado hoje, elevando para 24 anos dinastia tucana

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
05/10/2014 | 07:05
Compartilhar notícia
Montagem/DGABC


Com 31.998.432 eleitores, a população paulista deve conceder hoje o histórico quarto mandato ao governador Geraldo Alckmin e elevar para 24 anos o tempo do PSDB à frente do Estado mais rico do Brasil. O atual comandante do Palácio dos Bandeirantes lidera todas as pesquisas de intenções de voto, que indicam triunfo do PSDB já no primeiro turno, a exemplo do que ocorreu nas últimas duas eleições.

Os últimos levantamentos eleitorais apresentaram larga vantagem de Alckmin sobre os adversários Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT). No Datafolha, o tucano tem 59% de intenções de voto válido – ele precisa de 50% dos válidos, mais um sufrágio para vencer o pleito hoje. No Ibope, alcança 57%.

Skaf é lembrado por 24% dos entrevistados em estrato estimulado no Datafolha, mesmo percentual do Ibope. Padilha tem 13% e 14%, respectivamente.

O triunfo de Alckmin no primeiro turno reforçará tese de que São Paulo prefere governos tucanos. Desde 1994, quando Mário Covas (morto em 2001) venceu Paulo Maluf (PP) – em pleito no qual Covas teve apoio de petistas ilustres, como Luiz Inácio Lula da Silva –, o Estado é administrado por políticos do PSDB. Depois de Covas, reeleito em 1998, Alckmin e José Serra chefiaram o Palácio dos Bandeirantes no período.

A última vez que a eleição paulista se decidiu no segundo turno foi em 2002, quando Alckmin tentou sua primeira reeleição em duelo direto contra José Genoino, ex-deputado federal e hoje preso por ter sido condenado no julgamento do Mensalão. Em 2006, Serra venceu Mercadante com 57,93% dos votos válidos. Em 2010, Alckmin bateu o mesmo Mercadante por 50,63%.

A corrida eleitoral teve início com cenário se desenhando com disputa mais acirrada. Skaf, licenciado da presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), tinha estrutura do PMDB ao seu lado. Padilha, ex-ministro da Saúde, tentava repetir feito de Fernando Haddad (PT) na Capital, com impulso de Lula.

Entretanto, Alckmin se manteve na liderança nas pesquisas eleitorais desde o início do processo. Contou com altos índices de rejeição ao petismo no Estado e ao fato de Skaf – mesmo tentando evitar – ser aliado do PT, já que o PMDB está coligado com a presidente Dilma Rousseff, que busca reeleição.

Skaf e Padilha não conseguiram explorar temas incômodos ao governo tucano, como a crise hídrica e índices negativos na Segurança pública. Demais candidatos ao governo do Estado também não conquistaram espaço na disputa eleitoral – também estão na briga Laércio Benko (PHS), Gilberto Natalini (PV), Gilberto Maringoni (Psol), Raimundo Sena (PCO), Wagner Farias (PCB) e Walter Ciglioni (PRTB).

DADOS
O Orçamento do Estado é de R$ 189,1 bilhões para este ano, e o grande desafio do futuro governador será encontrar alternativas à falta de chuva que tem prejudicado o abastecimento de água em São Paulo. Também terá como missão consolidar obras de expansão do Metrô – inclusive da Linha 18-Bronze, que chegará ao Grande ABC – e de ampliação de unidades do Poupatempo. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;