Qualidade de vida e melhor custo-benefício da região
atraem novos residentes que eram moradores da Capital
Levantamento feito sobre a origem dos compradores de apartamentos nas cidades da região pela Lopes Inteligência de Mercado mostra que, nos últimos seis anos, uma em cada cinco unidades dos prédios lançados foi vendida para moradores da Capital.
"Quem já mora no Grande ABC não quer sair da região, e quem é de São Paulo se sente atraído pelas cidades por causa da qualidade de vida e do custo-benefício do metro quadrado", analisa o diretor de atendimento da Lopes, empresa de consultoria e intermediação imobiliária, Miro Quintaes.
Em São Bernardo, o valor médio do m² (metro quadrado) dos apartamentos é R$ 4.850. Em Santo André, a cifra salta para R$ 5.070. Em São Caetano, a média é ainda mais alta, chegando a R$ 5.630.
Quando comparado a São Paulo, porém, o m² mais caro da região é ainda muito mais em conta do que o de um bairro mediano de São Paulo, como a Saúde, que tem lançamentos a R$ 8.000 o m². Nos Jardins, há empreendimentos que o m² custa R$ 17 mil.
Segundo Quintaes, o que tem chamado a atenção para a região é a infraestrutura que os municípios oferecem. "O morador encontra transporte, lazer e serviços e, mesmo assim, continua muito próximo e com fácil acesso à Capital. Além disso, o preço mais atraente possibilita ao comprador o upgrade em relação ao tamanho do apartamento", afirma Quintaes.
OFERTA EM ALTA - Considerando apenas os municípios de Santo André, São Bernardo e São Caetano, a região recebeu 168 empreendimentos que somam R$ 7,9 bilhões em valor geral de venda, num volume comparável com as zonas Leste e Oeste de São Paulo, que receberam, respectivamente, R$ 8,3 bilhões e R$ 8,8 bilhões.
O maior número de unidades lançadas por aqui foi em São Bernardo, considerada a cidade mais importante da região metropolitana depois da Capital, Guarulhos e Alphaville (municípios de Barueri e Santana de Parnaíba). Apesar deste protagonismo, o valor médio dos apartamentos lançados em São Bernardo é de R$ 308 mil. A maioria das unidades (4.370) era de dois dormitórios.
A média de Santo André, onde 58% dos lançamentos têm até 69 m², foi de R$ 362 mil. São Caetano, onde os novos prédios foram de padrão mais alto, atingiu média de R$ 477 mil por unidade.
Santo André se destaca na evolução da oferta de imóveis
Enquanto a Capital mantém o mesmo ritmo de crescimento, a Região Metropolitana retoma o aumento na comercialização de imóveis. Esse é o diagnóstico do Secovi-SP, o maior sindicato de habitação do País. "Provavelmente a atividade imobiliária esteja migrando para as cidades vizinhas por conta dos entraves burocráticos verificados há algum tempo na cidade de São Paulo", afirma Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação e terrenos urbanos do Secovi-SP.
De acordo com levantamento realizado pela entidade, o volume de lançamentos residenciais na região está em ascenção. Entre as sete cidades, Santo André se destaca. Em 2004, foram lançadas 342 unidades no município, enquanto em 2012 houve o lançamento de 3.205 imóveis.
"Santo André está em transformação e é ótima opção de investimento. Apresenta ótima localização, perto de São Paulo e com fácil acesso ao Litoral. Obras públicas, como a construção da nova linha do Metrô, por exemplo, que ligará todo o (Grande) ABC à Vila Prudente, em São Paulo, na Estação Tamanduateí (Linha Verde do Metrô), vão possibilitar ainda mais a valorização do entorno", afirma Belmiro Quintaes, diretor de atendimento da Lopes.
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