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Dentro do vulcão ativo não existe vida porque é impossível sobreviver em um ambiente tão quente. No Havaí, por exemplo, tem crateras em que a temperatura atinge cerca de 1.200°C. No entanto, nos vulcões que não entram em erupção há milhares de anos - como o gigantesco Yellowstone, nos Estados Unidos - podem ter pequenos seres, como larvas de insetos.
Existe ainda outro local que surpreende os cientistas: a cratera do vulcão Ngorongoro, na Tanzânia, país africano. Acredita-se que o enorme buraco foi formado há milhões de anos após superexplosão. O lugar possui florestas, riachos, lagos e é habitado por milhares de espécies, como leões, elefantes, zebras e búfalos.
MUITO ANTIGOS
Os vulcões estão presentes em todo o mundo desde que a Terra foi formada há aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Parecem montanhas com furo no meio que liga a superfície às camadas mais internas do planeta. Lá dentro tem o magma, tipo de massa muito quente formada por rochas e metais derretidos. Quando entra em erupção, a substância é lançada para fora, como se estivesse transbordando; nesse caso, recebe o nome de lava.
No continente americano inúmeras montanhas são, na realidade, antigos vulcões. E eles existem até mesmo dentro dos oceanos. Muitos estão ativos, ou seja, ainda liberam lava. Quando isso acontece ilhas vulcânicas podem ser formadas, pois a massa quente endurece em contato com a água fria.
Grande parte dos vulcões da Terra continua ativa e está localizada no chamado Cinturão de Fogo, região que vai do Oeste da América ao Leste da Ásia. Nessa área também ocorre a maioria dos terremotos.
O material liberado pelo vulcão, como lava e cinzas, deixa o solo mais fértil. No entanto, ao entrar em erupção, tudo que está ao redor pode ser destruído, como plantações, casas e até a vida de humanos e animais. Além disso, gases e substâncias tóxicas são liberadas, poluindo a atmosfera.
Não é possível prever exatamente quando um vulcão entrará em erupção. Os especialistas, entretanto, utilizam o sismógrafo. O aparelho consegue detectar pequenos tremores que indicam se o magma está prestes a sair.
Maior do mundo fica na América
O maior sistema vulcânico do mundo é a caldeira de Yellowstone, nos Estados Unidos, com cerca de 70 km de extensão. Se entrasse em atividade, sua erupção poderia durar semanas, causando enorme destruição e problemas em todo o planeta. Fica no Parque Nacional de Yellowstone, onde é possível visitar suas crateras e conhecer os gêiseres (buracos dos quais saem fortes jatos de água quente e vapor).
No Brasil existem vulcões extintos, que não entram em atividade há milhares de anos. Entre eles está o de Poços de Caldas, em Minas Gerais. As famosas águas quentes da cidade são resultantes daquela época.
Já as ilhas brasileiras de Fernando de Noronha e Trindade e os Rochedos de São Pedro e São Paulo são vulcânicos. Significa que foram formados a partir de erupções no Oceano Atlântico. Até mesmo a região amazônica já teve vulcões. Um deles, aliás, é o mais antigo encontrado no mundo, com quase 2 bilhões de anos.
Brasileira descobre vulcões na lua de Júpiter
A brasileira Rosaly Lopes é considerada uma das maiores vulcanologistas (especialista em vulcões) do mundo. É supervisora do grupo de Geofísica e Geologia Planetária do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), do qual faz parte desde 1989. A cientista estuda os sistemas de vulcão da Terra e de outros planetas. Entre 1996 e 2001, quando trabalhou no projeto Galileo Flight, encontrou 71 vulcões ativos na superfície de Io, lua de Júpiter. Isso mesmo! Além da Terra, outros planetas e luas possuem vulcões. O Monte Olimpo, em Marte, é o maior vulcão conhecido do Sistema Solar. Tem cerca de 27 km de altura e 600 km de extensão. Não está em atividade.
A pesquisadora realizou a descoberta com ajuda de imagens de um aparelho especial que detectava o calor das crateras. Segundo Rosaly, as imagens fotografadas pela câmera da nave Galileu, na década de 1990, também a ajudaram.
Ryan Ulisses Ferrari Matheus, 9 anos, de São Caetano, acredita que deva ser bastante difícil existir vida no interior dos vulcões. Na opinião do menino, um dos principais motivos é que nenhum animal conseguiria sobreviver em uma região tão quente. "Os bichos não teriam o que comer nem aguentariam as explosões que acontecem nos vulcões. Todos morreriam."
Consultoria de Rosaly Lopes, vulcanologista da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).
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