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Eleições 2026 Comte Bittencourt argumenta que Grande ABC vai ter protagonismo nas eleições do ano que vem e faz aposta no nome do deputado federal
Nilton Valentim
FOTOS: Denis Maciel/DGABC
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A direção do Cidadania defende o lançamento do nome de Alex Manente, deputado federal com domicílio eleitoral em São Bernardo, como candidato ao Senado em 2026. A informação foi revelada ontem à tarde pelo presidente nacional da agremiação, Comte Bittencourt, em visita à sede do Diário, em Santo André.
“O (papel do) Alex é estratégico. É um quadro que estaria preparado até para, em 2026, enfrentar uma eleição majoritária, compondo uma chapa ao Senado como nome do Cidadania”, revelou Bittencourt ao ser questionado sobre o futuro do deputado federal, que preside a sigla no Estado e é tesoureiro nacional.
O líder da agremiação argumentou que a carreira política de Alex, que já exerceu dois mandatos de deputado estadual e se encontra no terceiro de federal, capacita-o para o desafio. “É nosso companheiro desde a juventude. Construiu a sua vida pública toda no Grande ABC. Entendo que aqui em São Paulo é difícil olhar uma eleição sem passar pelo Grande ABC. O Alex está preparado. Por que não o Grande ABC ter protagonismo maior nesse processo da eleição majoritária no Estado?”
Bittencourt contou que tem dialogado com o deputado federal para convencê-lo a trocar a tentativa de reeleição à Câmara pela disputa ao Senado. “Tenho conversado com ele e motivado o Alex, que é nosso grande líder em São Paulo”, revelou o presidente nacional do Cidadania, que é de Niterói, cidade do Rio de Janeiro da qual já foi vice-prefeito – ele também exerceu quatro mandatos de deputado na assembleia fluminense.
Segundo Bittencourt, a decisão final, evidentemente, será do próprio candidato. “Ele vai concorrer à eleição que entender ser a mais importante para ele, para o partido, para São Paulo e para o Grande ABC. Mas, da nossa parte, terá todo o apoio que o partido puder dar”, afirmou.
PRÉ-CANDIDATOS
Comte Bittencourt comentou que a expectativa do Cidadania em São Paulo é eleger bancada forte de deputados federais em 2026. Atualmente, além de Alex, o partido conta em Brasília com Arnaldo Jardim, que tem confidenciado a interlocutores mais próximos a decisão de não concorrer mais a nenhum cargo público.
As principais apostas da agremiação para a Câmara Federal são a ex-vereadora paulistana Soninha Francine – que ontem assumiu o comando do Cidadania na Capital – e a do historiador Marco Antonio Villa, que em 2022 obteve 95.745 votos, ficando atrás apenas dos eleitos Alex Manente (196.866 sufrágios) e Arnaldo Jardim (113.462).
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Não foi boa experiência, diz, sobre federação com PSDB
Presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt criticou a federação com o PSDB e disse que faltou, por parte dos tucanos, disposição para um debate mais aprofundado sobre o País. Em março, a executiva nacional aprovou o fim do acordo, que vigora desde 2022 e terá de ser mantido até abril de 2026.
“Não tivemos êxito. Não foi uma boa experiência. Acabou não tendo compreensão de ambos os partidos. Diria que o PSDB, como o partido mais forte da federação, tivesse o dever de ser o principal articulador dessa engrenagem, mas acabou não acontecendo”, disse Bittencourt.
Segundo o presidente nacional, as agremiações precisam pensar além da eleição. “É claro que todos queremos ter a maior representação possível nas casas legislativas, especialmente no Congresso Nacional, mas a vida do partido não pode se limitar apenas a contar deputados”, disse. Em 2022, a federação elegeu 18 federais, cinco do Cidadania.
Segundo Bittencourt, o partido não foi convidado pelo PSDB para discutir a união com o Podemos. “Nunca fomos chamados a nenhum desses debates. Por isso disse que não houve liga, não houve a compreensão de que o aperfeiçoamento da federação exigia de ambos os partidos, mas especialmente do mais forte, compreensão de ajustar cultura, debater o Brasil e o futuro.”
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