Cidade visa ampliar a reciclagem de resíduos hoje enviados para aterro
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O secretário adjunto da SeClima (Secretaria de Clima, Meio Ambiente e Bem-Estar Animal), Flavio Na-kaoka, realizou intercâmbio com o Japão e trouxe da viagem diversas soluções sustentáveis que devem ser implementadas em Rio Grande da Serra, dentre as quais a reciclagem de painéis solares, isopor, roupas e outros resíduos hoje enviados para aterro e que podem virar matéria-prima para outros produtos.
A viagem foi custeada pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, sigla em inglês), potencial parceira da cidade em projetos focados na sustentabilidade.
Segundo Nakaoka, a viagem contemplou visitas a empresas e ONGs que desenvolvem alternativas sustentáveis, como os pisos ecológicos da Ecowood, que mistura restos de madeiras com plásticos de garrafas PET.
“A cidade de Kitakyushu abriga e incentiva startups que desenvolvem as mais diversas soluções circulares, como reciclagem de painéis solares que são descaracterizados e os diversos materiais se transformam em matéria-prima. Roupas são reutilizadas na indústria automobilística. Uma cidade inteira destina os resíduos orgânicos para a compostagem com as podas de árvores, atingindo impressionantes índices de 60% de compostagem e 20% de reciclagem”, afirmou.
RECICLA RGS
O governo Akira Auriani (PSB) implementou recentemente o programa Recicla Rio Grande, que conta com apoio da iniciativa privada, doações e ONGs para realizar a coleta de resíduos recicláveis e ‘dos problemáticos’, como vidros de esmalte de unha, pilhas, vestimentas, calçados e outros classificados como classe II (resíduos que não são perigosos, mas que precisam de um descarte adequado para preservar o meio ambiente).
Segundo o secretário, em médio e longo prazos a cidade buscará ajuda da Jica para desenvolver novos projetos em parceria com investimento internacional.
Flavio Nakaoka afirmou que chama atenção a disciplina dos japoneses quanto ao descarte correto de resíduos. O adjunto visitou um aterro marítimo extremamente controlado e acompanhou o descarte e coleta ponto-a-ponto, onde os moradores caminham alguns metros para descartar os resíduos em lixeiras comunitárias.
“Tudo com dias determinados para cada tipo de resíduo e, em algumas cidades, há a obrigatoriedade de se escrever o nome no saco de lixo com cores diferentes para cada tipo de resíduo. Estes sacos contribuem para subsidiar os custos na destinação dos resíduos’, pontuou.
Para o secretário adjunto, diferentemente do Japão, enquanto não houver leis rigorosas capazes de serem devidamente fiscalizadas e um planejamento efetivo de educação ambiental na grade curricular das crianças, as cidades continuarão a ter problemas de descarte irregular.
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