Mesmo com o aumento dos dois alimentos, valor médio da cesta básica ficou estável nas cidades do Grande ABC, segundo a Craisa
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Alimento essencial para a grande maioria das famílias, o tomate teve alta de 22,23% em seu preço no mês de abril, em relação a março, com o valor médio do produto indo de R$ 8,74 no mês anterior, para R$ 10,68, de acordo com a pesquisa da cesta básica realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).
O aumento vem após três meses de queda de preço. A batata também ficou mais cara em comparação ao mês de março, indo de R$ 4,70 para R$ 5,44, com aumento de 15,74% em seu custo.
Fábio Vezzá De Benedetto, engenheiro agrônomo responsável pela pesquisa da cesta básica da Craisa, explica que a época de verão, no começo do ano, prejudicou o cultivo desses alimentos. “A batata e o tomate tiveram seu plantio dificultado devido à influência do verão extremo. Porque o ciclo de cultivo desses alimentos é longo, então suas produções foram menores, e os preços elevados. A chegada do outono e o inverno favorece o plantio tanto da batata como do tomate, então esperamos que tenham preços mais baixos”, afirmou.
Outros produtos que registraram aumento significativo de preço no mês de abril foram os ovos (6,59%), o creme dental (8,75%) e o litro do leite longa vida (8,56%).
O aumento do preço do leite também preocupa Fabio Vezza. “O leite apresentou várias altas nesses últimos meses, e agora estamos no outono e depois entramos no inverno, estações essas que prejudicam a produção. Porque, diferentemente das hortaliças, o pasto é prejudicado com o frio e a estiagem. Então, o pecuarista vai precisar suplementar a alimentação do rebanho com ração. E o gasto a mais acabam sendo repassados para o consumidor”, disse o engenheiro agrônomo.
EM QUEDA
Os alimentos que ficaram mais baratos em comparação ao mês de março, foram o óleo de soja (-9,24%), o sal refinado (-6,67%), e o sabão em pó (-5,35%).
O engenheiro agrônomo ainda ressalta que o arroz também está mais caro, mesmo agora sendo sua época de colheita. “A produção de arroz não foi muito boa, porque houve uma diminuição em suas áreas de plantio. Para os produtores, a soja, o milho e até mesmo a pecuária de corte, estavam compensando mais do que produzir o arroz, que estava com o preço mais baixo. E a seca no Rio Grande do Sul, o principal Estado produtor no Brasil, castigou o seu cultivo.”
ESTABILIDADE
O levantamento da Craisa mostra que o preço da cesta básica apresentou estabilidade pelo terceiro mês consecutivo, com variação de 1,83%, indo de R$ 1.105,70 para R$ 1.125,97. A pesquisa considera a soma do valor dos 34 itens de consumo mensal, suficientes para o sustento de família com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.
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