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Preparado para mais um desafio

No papel de Beiçola por 14 anos, Marcos Oliveira, de Santo André, fala de novo trabalho na TV

Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
06/11/2017 | 07:47
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João Cotta/Divulgação Globo


 “Estou feliz, agora mais tranquilo e pagando as dívidas. É bom a gente poder viver do nosso ofício. Não tenho mais condições de competir, não tem mais tanto lugar para gente da minha idade (62 anos), a vez é dos mocinhos e mocinhas, então estou comemorando”, comenta Marcos Oliveira sobre a nova fase da sua vida. O ator – nascido em Santo André – passou por apuros há um ano, quando precisou pedir emprego pelo Facebook. “Está bem complicado para a classe artística, principalmente quando se fala de teatro. As pessoas não estão saindo mais de casa para isso”, conta ao Diário o Beiçola de A Grande Família, papel que interpretou na Globo por 14 anos. “Foi um grande personagem, mas fiquei marcado e ninguém mais me chamou para nada.”
Antes de recorrer às redes sociais para expôr a sua situação, o ator fez participação na série do Multishow Os Suburbanos (2015) e interpretou o padre Vizeu, em Liberdade, Liberdade (2006). Agora, apesar de só aparecer no capítulo 22 da trama, está gravando a história de mais um personagem global: o Conde Heráclito de Fernandes, de Deus Salve o Rei, novela medieval programada para estrear em janeiro.
“Ele será o tio da princesa Lucrécia (Tatá Werneck), que é uma pessoa ‘quadripolar’. A Tatá é maravilhosa, né? Eu levanto a bola e ela faz o ponto”, elogia Oliveira, que também está se programando para estrear stand up que fala sobre a felicidade. “Estou elaborando e produzindo dentro das minhas possibilidades.”
Na década de 1970, Marcos Oliveira andava por Santo André já fazendo arte. Morador do bairro Utinga, o ator começou no teatro quando era aluno da Escola Estadual Doutor Carlos Garcia, no Camilópolis. “Naquela época, recebemos muito estímulo artístico dos professores. Teve gente que foi para a pintura, para a literatura e para a dramaturgia. Conseguíamos sala de aula para ensaiar aos sábados à tarde. Alguns diretores de teatro vinham à escola para falar com a gente. Foi assim que comecei a desenvolver meu trabalho”, recorda.
Vivendo no Rio de Janeiro desde 1987, Oliveira lembra do Grande ABC com muito carinho. “Tinha a federação andreense de teatro amador, que nos impulsionava. Lembro quando estava produzindo a peça A Noite dos Assassinatos e precisava de dois caixões, um deputado aí, da região, me ajudou. Faz muito tempo que não volto, hoje só tenho uma sobrinha que mora em Santo André”, finaliza.




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