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Roberto Sene de Azevedo, 8 anos, de São Caetano, tem medo de abelhas porque já foi picado. "Estava dormindo quando ela entrou pela janela e picou minha coxa. Doeu", diz o garoto.
A abelha é a única responsável pela produção de mel. No entanto, há espécies que fabricam mais do que outras, como as estrangeiras, que fazem de 20 a 60 quilos por ano, enquanto as indígenas (brasileiras), apenas um quilo.
As operárias são responsáveis pela produção. Retiram néctar (líquido expelido pelas flores) que é levado para uma espécie de bolsa localizada no sistema digestivo do inseto. Lá é misturado a substâncias como vitaminas e sais minerais, transformando-se em mel. Depois de passar por várias abelhas, é colocado no favo (buraquinhos feitos com a mistura de pólen e cera), dentro da colmeia.
Há vários tipos de méis, que dependem da planta da qual a abelha extrai o néctar. Tem mel de flor de eucalipto (indicado para resfriados), de laranjeira (usado como calmante), de flores silvestres (consumido como adoçante). O mel de milho recebe esse nome porque é parecido, porém, é feito pelo homem que utiliza o vegetal para fabricá-lo.
Cuidado - Os médicos recomendam o consumo de mel após o primeiro ano de idade, pois pode estar contaminado com bactérias que causam botulismo (doença que atinge nervos e músculos). Nessa faixa etária, o organismo não consegue combatê-lo.
(Supervisão de Juliana de Sordi Gattone)
Consultoria de Antonio Padovani, do SOS Abelhas, Wilson Donini, da Cidade das Abelhas, e José Yamin Risk, do Instituto Butantan
Nem todas possuem ferrão
Sábado (3) comemora-se o Dia da Abelha. Há cerca de 20 mil espécies, entre elas a brasileira indígena (sem ferrão) e a estrangeira (com ferrão). Em geral, pesam um grama e alimentam-se do néctar e do pólen das flores. As asas chegam a bater cerca de 200 vezes por segundo.
Vivem em colmeias com até 60 mil insetos. São divididas em três grupos: rainha (uma por colmeia; única a colocar ovos, vive até sete anos), operárias (fêmeas que trabalham e protegem a colmeia; não podem se reproduzir e vivem 45 dias) e zangões (machos que morrem após acasalarem com a rainha).
Só as fêmeas têm ferrão, órgão de defesa localizado no final do abdômen. Mas não saem ferroando todo mundo por aí; só atacam quando alguém mexe na sua casa, faz barulho ou movimento rápido. Também são atraídas por perfumes e roupas escuras. Depois de picar, a abelha morre, pois parte de seu corpo fica presa ao ferrão.
A picada causa dor, que pode demorar para passar. O local costuma ficar inchado e vermelho; também coça. Recomenda-se retirar o ferrão com cuidado e colocar gelo no machucado. Se não melhorar, deve-se procurar o médico.
Onde aprender mais
Cidade das Abelhas (Estrada da Ressaca, km 7, tel.: 4703-6460), em Embu das Artes. Reúne várias atrações, como o arbelhismo - tipo de arvorismo para interagir com o mundo das abelhas - e uma colmeia gigante. De terça a domingo, das 8h30 às 17h. Ingresso: R$ 15. Site: www.cidadedasabelhas.com.br
SOS Abelhas (Rua Antônio Bento, 70, tel.: 4221-6690), em São Caetano. Espaço cultural com informações sobre a vida e a importância das abelhas. De segunda a sexta, das 7h às 19h; sábados, das 7h às 17h. Grátis. Site: www.sosabelhas.com
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