A Ouvidoria da Polícia de São Paulo investiga a existência de mais um grupo de extermínio formado por policiais. Depois da denúncia de que existiria um 'esquadrão da morte' em Ribeirão Preto (interior do Estado), os corregedores da polícia trabalham agora com suspeitas de que existem justiceiros da mesma espécie em Guarulhos, na Grande São Paulo. Nesta segunda-feira à tarde, a Polícia Militar encontrou dois cadáveres num terreno baldio às margens da Rodovia Fernão Dias que serviria de cemitério clandestino aos executores.

O ouvidor Firmino Fecchio Filho relatou nesta segunda-feira, em entrevista ao telejornal SPTV (Rede Globo), que amigos e parentes de vítimas reclamaram cerca de 150 assassinatos do suposto esquadrão da morte. Mas ele falou que a ouvidoria acredita que 50 execuções podem ter sido promovidas pelo grupo. Duas quadrilhas suspeitas já foram identificadas.

Firmino Fecchio Filho disse que as vítimas são, na maioria, jovens da periferia de 14 a 24 anos. O grupo de extermínio agiria concentrado nos bairros periféricos de Seródio e Pimentas. Os cadáveres seriam despejados em terrenos baldios de bairros vizinhos. O suposto cemitério clandestino descoberto nesta segunda-feira na Vila Galvão será investigado pela corregedoria para confirmar se o local tem ligação com as denúncias do grupo de extermínio de Guarulhos.

No ano passado, a Ouvidoria recebeu 34 denúncias de homicídios praticados por policiais. Em outubro de 2002, cinco jovens foram mortos depois de discutir com policiais, segundo informaram testemunhas. Também no ano passado, 300 policiais foram demitidos por envolvimento em crimes.

Ribeirão Preto – Em Ribeirão Preto, as investigações sobre o suposto esquadrão de extermínio formado por policiais correm em sigilo. Para saber mais, clique aqui.