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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Economia
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Mercado imobiliário
Apesar da crise, setor de construção vê demanda

Pesquisa mostra que mercado habitacional ainda tem potencial de crescimento na região

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
16/04/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Estudo do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da consultoria Deloitte divulgado ontem mostra que, a despeito da crise econômica no País, ainda há espaço para o crescimento para o mercado de imóveis residenciais no Grande ABC.

A pesquisa foi feita em dez cidades do Estado. Santo André foi o único município da região que participou do levantamento. Entretanto, o diretor regional do SindusCon-SP no Grande ABC, Sergio Ferreira dos Santos, comenta que as tendências observadas podem ser estendidas às demais localidades da região, principalmente São Bernardo e Mauá. São Caetano e Diadema têm dificuldades para a expansão imobiliária em razão da falta de espaço, enquanto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra têm restrições devido à legislação ambiental.

Santos explica que, desde o ano passado, as vendas de imóveis novos tiveram forte redução motivada por três importantes fatores: queda na renda média da população; restrição ao crédito por parte dos bancos e insegurança em relação ao momento econômico e político do Brasil, de modo que os consumidores temem contrair dívidas de longo prazo. “Mesmo assim, ainda há grande demanda de pessoas que planejam comprar casa ou apartamento. O que está barrando é a parte financeira, já que também há espaços para a construção de unidades.”

Para se ter ideia, de acordo com a Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), 41% dos imóveis comprados na planta na região em 2015 foram devolvidos após desistência dos compradores. Em diversos casos, a situação foi parar na Justiça.

Por conta da oportunidade futura, Santos destaca que os empresários do setor que possuem capital para investir em novos empreendimentos sairão na frente quando o País voltar a crescer e o mercado retomar o ritmo de aceleração, o que deverá ocorrer a partir do fim do ano que vem. “Ninguém está lançando nada. Se continuar assim, não haverá oferta quando a economia aquecer. Como os imóveis não ficam prontos do dia para noite, é preciso começar a pensar desde já no fim da crise”, acrescenta o diretor regional.

Contudo, Santos destaca que o mercado imobiliário destinado a atividades comerciais está, no momento, saturado. A pesquisa mostra que, somente em Santo André, 510 empreendimentos estão em construção e, segundo o representante do SindusCon-SP, não há procura por esse tipo de imóvel, sejam salas comerciais, lojas ou galpões.

A diretora de estratégia e operações da Deloitte, Marie Rodrigues, acrescenta que Santo André tem a seu favor o fato de ser menos burocrática do que as demais cidades pesquisadas no que diz respeito à aprovação de novos empreendimentos – atrás apenas de Presidente Prudente. Segundo o estudo, o tempo médio do processo de licenciamento junto à Prefeitura andreense é de seis meses.

Para chegar à conclusão de que ainda há demanda na cidade, a pesquisa fez entrevistas com representantes da administração municipal e levou em conta indicadores como taxa de desemprego, população economicamente ativa, e PIB (Produto Interno Bruto) nominal e per capita, além da infraestrutura disponível e da proximidade com a Capital. 




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