Setecidades Titulo Transportes
Tarifa de ônibus gera
protesto em Sto.André

Manifestantes preferem as ruas à reunião com o prefeito;
eles pretendem lutar pela revogação do aumento do bilhete

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
19/01/2013 | 07:00
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O Comitê Regional Unificado Contra o Aumento das Passagens de Ônibus no Grande ABC promoveu ontem manifestação em Santo André. Cerca de 300 pessoas, a maioria estudantes, pediram a revogação imediata do aumento da tarifa na região, que passou para R$ 3,30 em todas as cidades, exceto Rio Grande da Serra, que não teve reajuste.

Apesar de ter bem claro o que queria no discurso, cantado pelas ruas com direito até a bateria, o grupo preferiu não indicar representantes para conversar com o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), que aceitou receber comissão quando os manifestantes chegaram ao Paço, por volta das 18h30 de ontem. Eles decidiram voltar a batucar nas ruas para chamar a atenção dos moradores.

O protesto começou às 16h, em frente à Estação Celso Daniel - Santo André da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Dali, os manifestantes seguiram pelo Calçadão da Oliveira Lima e Avenida Perimetral até o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Lá, representantes entregaram, mais cedo, documento solicitando audiência pública para discutir os valores das tarifas. "Os prefeitos fizeram acordo a portas fechadas no Consórcio em dezembro. Essa reunião, que definiu o aumento da tarifa, não consta na pauta. Queremos que a discussão seja pública, não entre quatro paredes", disse Paulo Souza, um dos organizadores da manifestação e integrante do grupo Política Sim, Patifaria Não, de Mauá.

A manifestação foi acompanhada durante todo o percurso por quatro viaturas da Polícia Militar e três da GCM (Guarda Civil Municipal), além de motos de ambas as corporações. Apesar de portarem cassetetes e armas com balas de borracha, a manifestação foi pacífica, diferentemente da realizada há uma semana em Mauá, que acabou em pancadaria.

Além da revogação do aumento, as mulheres do grupo reivindicam melhorias imediatas no transporte, principalmente no que se refere à superlotação. "O valor não condiz com o serviço oferecido, que nos coloca em risco diariamente nos coletivos da região", garante outra das líderes do movimento, Iraci Lacerda.




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