Há 10 dias Renan trocou o carinho da mãe, dos familiares, o calor dos amigos de infância e o amor declarado por Caieiras, sua cidade natal, para morar no CT da Barra Funda. "Meu sonho era morar a vida toda em Caieiras, mas infelizmente já estudo comprar casa fora da cidade", revela. O supervisor de Futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, chegou a oferecer um apartamento seu, em Perdizes, para o volante morar. "Minha mãe não quis vir, afinal sua vida está relacionada com Caieiras", conforma-se.
Desde que comprou um carro zero, em 36 prestações, como gosta de frisar, está sendo observado, perseguido. O medo de seqüestro o levou a morar no CT, a deixar de freqüentar um clube, de ver a garotada dando os primeiros passos no futebol, a comer em churrascaria da cidade. Ficar batendo papo no portão, nem pensar. "Chegava, guardava o carro e me trancava. Evitava até o quintal."
Falsos amigos também seriam motivo para a troca de lar. "Há interesseiros, aqueles que viraram as costas nos momentos difíceis." Hoje, mata a saudade em longos papos por telefone. Sente falta dos cafunés. Daqueles elogios que só mãe sabe fazer. Mas aproveita a estrutura do CT para não pirar. "Aqui é igual um hotel cinco estrelas, tem TV, DVD, sala de jogos, computadores. Acaba distraindo." O bom é que economiza com gasolina e pode dormir uma hora a mais antes dos treinos, normalmente, às 8h30.
Contra o Vitória, domingo, no Barradão, Renan fará dupla com seu mestre, seu incentivador e conselheiro, César Sampaio. Alê está suspenso, assim como Fabão - ambos receberam o terceiro cartão amarelo diante do Inter. Edcarlos jogará na defesa.
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