Economia Titulo Natal
Consumidores vão às compras na região, mas de olho no preço

Movimento nos centros comerciais ontem foi intenso, impulsionado pelo 13º salário

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
23/12/2018 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


Os consumidores da região estão mais otimistas em relação às compras para o Natal, mas não deixam de pesquisar preços. Apesar de gastarem até o dobro em relação ao ano passado, poucos fazem as compras por impulso, conforme o Diário apurou nas ruas da região. Ontem, nem mesmo as pancadas de chuva durante a tarde impediram intensa movimentação no comércio de rua e nos shoppings, impulsionada pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário.

Na Rua Coronel Oliveira Lima, no Centro de Santo André, a movimentação foi 25% acima dos dias normais, de acordo com estimativa da SOL (Sociedade Oliveira Lima e Região). “Hoje (ontem) foi o dia mais forte desta semana por conta do pagamento da segunda parcela do 13º e pelo dia 22 ter caído em um sábado”, afirmou o diretor da sociedade, Djalma Lima.

A dona de casa Cida Freitas, 62 anos, moradora do Rudge Ramos, em São Bernardo, já gastou praticamente o dobro do que no ano passado com as compras. Ontem, ela ainda comprava roupas para presentear a família de sete pessoas. “Já gastei cerca de R$ 1.000. A maior parte com a minha netinha, que me pediu uma boneca que custou muito caro, mas ela também vai ganhar roupas. Como sei que aqui (Oliveira Lima) tem bons preços, vim comprar o que faltou”, contou.

Para o gerente da loja Número Calçados, localizada na via, a movimentação cresceu 50% na comparação com dias normais. “Este é o nosso primeiro Natal aqui, já que a loja é nova. O forte para presentes tem sido os calçados femininos. Também notamos que o consumidor está muito bem informado e já sabe a média de preços dos produtos”, disse.

A analista de tendências Rhaysa Gonçalves, 30, moradora do bairro Utinga, em Santo André, foi às compras com a amiga publicitária Marhiana Oliveira, 30, que mora no Olímpico, em São Caetano. Somado, o gasto das duas chegava a R$ 800. “Acabamos deixando para a última hora, mas preferimos a Oliveira Lima porque tem uma grande variedade de lojas e conseguimos olhar os preços”, disse Rhaysa.

Para Marhiana, o local é um dos mais baratos da região. “Conseguimos economizar bastante, apesar de perceber que estou comprando mais do que no ano passado”, afirmou.

Ainda há oportunidades para quem não comprou tudo o que precisa. Hoje, os comércios da Oliveira Lima estarão abertos até 17h. Amanhã, na véspera de Natal, as lojas funcionam, a partir das 9h.

SHOPPINGS
Conforme o resultado da PIC (Pesquisa de Intenção de Compras), da Universidade Metodista de São Paulo, tinha adiantado na última semana. os shoppings centers são os estabelecimentos eleitos para as compras na região, com 45% da preferência. Ontem, no Shopping ABC, em Santo André, a movimentação também era intensa. O local projetou crescimento do público de 10% e, em vendas, de 14%.

“Comprei presentes para umas 15 pessoas e acredito que devo ter gastado cerca de R$ 3.000. Preferi presentear com roupas, sapatos e cosméticos, e sempre venho ao shopping porque acho mais cômodo. Além de ter várias opções no mesmo local, tem a praça de alimentação”, explicou a analista de recrutamento e seleção Mikaela Garcia, 22, moradora do Sacomã, Zona Sul de São Paulo.

Já a oficial administrativa Julia Carolina Garcia, 33, que mora no bairro Santa Terezinha, em São Bernardo, pesquisava os preços. “Ainda devo esperar um pouco mais para comprar. Provavelmente vou presentear com acessórios e roupas, mas costumo olhar bastante antes de decidir o que levar”, disse.

Os lojistas também observaram que o consumidor está mais consciente na hora de comprar. “A movimentação aumentou muito, mas ainda não sentimos isso nas vendas. Muitos param aqui e falam que ainda estão comparando os preços e decidindo se vão levar ou não”, afirmou a gerente do quiosque Muito Amor, que comercializa produtos para pets e lembranças, como chaveiros e bichos de pelúcia, Silvania Gomes.

A gerente da loja de roupas infantil B.B. Básico Ione Mazzo afirmou que as vendas aumentaram cerca de 30% em relação a 2017. “Mesmo assim, observamos que os consumidores estão optando por peças mais básicas, e que a compra só acontece depois de muita pesquisa de preços”, disse.

Idec dá dicas para evitar transtornos com os presentes

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) aconselha o planejamento e a pesquisa na hora de fazer as compras de Natal. Entre as dicas, está a elaboração de lista de pessoas que se pretende presentear. Para manter o controle do orçamento é importante anotar o item a ser comprado e uma estimativa do valor que quer gastar com cada um.

O instituto alerta que as lojas podem se aproveitar da renda reforçada nesta época para inflar os preços. Em geral, os presentes mais desejados permanecem em alta até a véspera do Natal. Para driblar esse cenário, uma dica é comprar à vista ou no cartão de crédito, mas em parcela única.

O consumidor tem o direito de receber todas as informações necessárias sobre o produto que está adquirindo. Assim, antes de fechar o negócio, o cliente pode exigir saber o preço à vista e a prazo, as formas de pagamento e o valor dos juros, no caso de atraso no pagamento das prestações.

Se a compra for de algum produto anunciado, é válido levar uma propaganda que comprove a oferta para evitar que o estabelecimento cobre um preço diferente do que foi anunciado. O encarte também pode ser útil para negociar com a loja concorrente.

O Idec também lembra que é importante solicitar que as condições do produto sejam especificadas na nota fiscal, que também deve constar as possíveis condições para a troca.

Caso a escolha seja de brinquedos, é preciso estar atento ao selo de conformidade do Inmetro, impresso na embalagem, que indica que o produto foi submetido a testes e atende a requisitos mínimos de segurança. da Redação




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