Candidato mais votado no processo eleitoral para o cargo de reitor da FSA (Fundação Santo André), professor Francisco José Santos Milreu já planeja mudanças para a instituição de Ensino Superior, caso seja nomeado pelo prefeito da cidade, Paulo Serra (PSDB). Embora o chefe do Executivo tenha dado indícios de que respeitará a vontade da comunidade acadêmica para a tomada da decisão a respeito da lista tríplice recebida no dia 29 de novembro, a definição do processo só deverá ocorrer em janeiro.

Apesar de se dizer contente com a possível nomeação, o professor prefere não criar expectativas antes da decisão oficial. No entanto, afirma que, se escolhido, terá comprometimento para discutir possibilidades para a FSA em conjunto com a Prefeitura. Milreu avalia que a instituição de Ensino Superior vive processo de declínio nos últimos 12 anos, tendo em vista a perda de alunos – o número de matrículas passou de 12 mil para 4.400 –, além do rombo financeiro de aproximadamente R$ 500 mil por mês com dívidas.

“Pretendo constituir grupos de trabalho, conselhos e comissões para interagir com a comunidade escolar a fim de canalizar esforços para as mudanças. Não existe uma palavra mágica capaz de mudar a situação, portanto, é imprescindível desenvolver trabalho que possa, de fato, fazer o diferencial na Fundação. Se repetirmos o que vem acontecendo nos últimos 12 anos, vamos chegar ao fim. Temos de reinventar o processo e isso parte das necessidades que estudantes e funcionários demandam”, considera Milreu.

O professor ressalta, entretanto, que quanto antes a escolha for efetivada, melhor. “A posse será no dia 1º de abril, portanto, se o prefeito anunciar sua decisão logo no início de janeiro teremos tempo hábil para estruturar um plano estratégico, formar os grupos e dar início ao projeto. Tem de ser um trabalho muito bem planejado”, destaca.

Sócio-proprietário de comércio varejista de madeira aberto em 1974, Milreu assiste a falência da empresa desde 1988. O professor, no entanto, não considera que o problema possa interferir na gestão da FSA. “Não tenho nenhuma pendência e, felizmente, esse episódio ficou no passado. Pretendo trazer mudanças que façam a diferença <CF51>(à Fundação)</CF> e levarei comigo a esperança de retomar o que já fomos um dia. É uma missão de vida e processo que demanda dedicação”, afirma.

O processo de liquidação da massa falida da Madeireira Nova Andradina Ltda corre na 8ª Vara Cível de Santo André sob os cuidados do juiz Alberto Gentil de Almeida Pedroso. Sentença proferida em setembro julgou extintas as obrigações pendentes dos falidos. Segundo Milreu, a empresa fechou as portas devido às dificuldades de arcar com os juros impostos no Plano Cruzado (decreto-lei 2.283/86).