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Bush fala de imigração ilegal e segurança na visita ao México
Da AFP
12/03/2007 | 17:09
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O presidente George W. Bush, chega na noite desta segunda-feira ao México para discutir com o colega Felipe Calderón questões relacionadas à imigração ilegal e à segurança, na última etapa de uma viagem latino-americana que o levou a Brasil, Uruguai, Colômbia e Guatemala.

Na cidade de Mérida (leste), transformada em fortaleza de segurança, Bush também conversará sobre a questão do combate ao narcotráfico.

O presidente conservador do México deixou entrever neste final de semana que o tom que utilizará com Bush para abordar o tema do narcotráfico poderá ser mais duro que o usado em novembro passado na Casa Branca.

"Os Estados Unidos são responsáveis por alguns dos problemas mais graves do México, entre eles o narcotráfico - devido ao consumo enorme e crescente de drogas e que faz de nosso território uma rota de passagem para o tráfico", disse Calderón em entrevista à imprensa americana.

Os mexicanos, acrescentou Calderón, "estão no final das contas colocando até a vida (no combate ao crime organizado) e os Estados Unidos têm que fazer algo mais que gestos simbólicos, muito mais", afirmou Calderón.

Senadores e deputados pediram a Calderón que exija de Bush "um acordo migratório que reivindique os direitos humanos e trabalhistas dos imigrantes nos Estados Unidos, começando pelo fim da construção do muro".

Em sua primeira visita à Casa Branca, no dia 9 de novembro de 2006 como presidente eleito, Calderón disse a Bush que a decisão de seu país de construir um muro de 1.130 km na fronteira era "uma medida equivocada".

Calderón manifestou apoio ao projeto de reforma impulsionado Bush para a criação de um programa de trabalho temporário que legalizaria milhões de imigrantes em situação irregular, e que encontrou resistência entre os próprios republicanos.

Bush chegará na noite desta segunda-feira a um país onde 37% de seus habitantes não têm uma opinião "favorável" a seu respeito, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal Reforma.

Caças e helicópteros Black Hawk vigiam o espaço aéreo, e pelo menos cerca de 2.500 agentes, entre membros do Serviço Secreto Americano, do Estado-Maior Presidencial mexicano, da Polícia Federal Preventiva e do Exército mexicano patrulham Mérida, cidade de menos de um milhão de habitantes, a poucas horas da chegada de Bush.

Alguns meios de comunicação ressaltam que cerca de 300 franco-atiradores acompanharão o presidente Bush e membros do Serviço Secreto dos Estados Unidos estarão misturados aos civis.




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