"Não fosse esta ânsia e eu diria que me basta esta janela aberta sobre a vida cercada de cor e água."

Dalila Teles Veras, em Madeira, do vinho à saudade, Funchal: maio de 1989.

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A Câmara Municipal de Santo André realiza hoje, às 19h, sessão solene comemorativa aos 18 anos da Alpharrabio, espaço cultural que ultrapassa os limites da cidade e do Grande ABC para se tornar uma referência dos novos tempos da poesia, literatura e memória. Vai ter música e poesia durante o evento. Aplausos para toda a equipe.

A história do Grande ABC mostra outros projetos importantes voltados à literatura e outras formas de expressão aqui desenvolvidas desde, pelo menos, o início do século passado. Esta semana mesmo voltamos a falar do Câmera Clube de Santo André. Também tivemos o Clube de Poesia de Santo André. Lembramos da saudosa Asba (Associação São-Bernardense de Belas Artes). Foram todos projetos importantes que contribuíram, no seu tempo, com as artes num ainda ABC industrial a caminho de se tornar Grande ABC, quando diversifica a sua economia.

Temos a Academia de Letras, que já foi do Grande ABC, e se transformou em da Grande São Paulo, com sede em São Caetano - e que reúne intelectuais em sua maioria aqui mesmo da região.

Há o Gipem - Grupo Independente de Pesquisadores da Memória - que sempre resistiu à ideia de um registro formal e jurídico.

Neste arcabouço, Alpharrabio ganha destaque por vários motivos, entre os quais, o de manter um acervo importante de publicações e uma divulgação ampla e democrática do que tem e do que faz. Acima de tudo, a equipe Alpharrabio tem uma liderança que se chama Dalila Teles Veras. Ela traz na mente, no coração e na obra que divulga desde 1982 o projeto Alpharrabio. E como a portuguesinha deve estar sofrendo com as notícias que chegam da sua Ilha da Madeira.

Por isso, nesta data formal dos 18 anos do Alpharrabio - que por tudo existe desde sempre - recorremos a Madeira: do vinho à saudade, livro do qual temos duas edições (1989 e 1997). Ambos com o autógrafo carinhoso da autora. Vida longa à Dalila, ao Valdecírio Teles Veras, à Maninha, a todos os demais, e à obra maior deste cantinho da Rua Dr. Eduardo Monteiro, em Santo André.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 2 de março de 1980

Comunidade - SABs, uma forma de resolver problemas. Jornalista Carlos Galli mostra os caminhos das sociedades de bairros que ajudaram na expansão urbana do Grande ABC.

Saúde - O drama de Inácio Tavares, residente no Jardim da Represa, em São Bernardo: ele precisa de um rim. Diálise ou hemodiálise? Para Inácio, o que ele fazia era filtrar o sangue num hospital de São Paulo.

Crônica 1 - Roterdan Cravo, pseudônimo do jornalista Fausto Polesi: Para dissipar as mentiras, falarei com Carter e Brezhnev

Crônica 2 - Guido Fidelis: O delegado que resolve tudo defronta-se com o mistério da menininha e do cafajeste

Crônica 3 - Américo Del Corto: Viajar nos trens de subúrbio é uma odisséia a conferir

EM 3 DE MARÇO DE...

1945 - Falece o advogado Antonio Cardoso Franco (Totó), filho do coronel Saladino Cardoso Franco, de Santo André.

1965 - Fundado o Esporte Clube Vila Noêmia, de Mauá.

1970 - Começa a baixar o nível da Represa Billings, que chegou a 96% da sua capacidade.

HOJE

Dia do Meteorologista.

Trabalhadores

Nascem em 3 de março:

1 - Ezio Bolzan Vieira. 1922. Nascido em Minas Gerais. Escriturário da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). Residência: Rua Xavier de Toledo, 268, Santo André.

2 - Antonio Martins. 1915. Natural de Santos. Operário da Rhodia. Residência: Rua Espanha, 449, Parque das Nações.

Nasce em 2 de março:

- José Demene Lopes. 1928. Espanhol de Baza. Servente de fabricação da CBC. Residência: Rua Bahia, 57, São Caetano.

FONTE: Primeiro livro de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

SANTOS DO DIA

Astério, Camila, Lucíolo, Márcia, Marino (na estampa).

Astério e Marino, soldados romanos, foram decapitados em 260. São Marino é considerado o padroeiro de todos os soldados.

Crédito da estampa: acervo Vangelista Bazzani e João de Deus Martinez.