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Ocara conta os 60 anos da escola na avenida

Histórias de vitórias e derrotas vão resgatar orgulho pela agremiação de Santo André

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
28/01/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


A escola de samba Ocara Clube completa 60 anos de história em Santo André. Para celebrar, o enredo Índio Guerreiro Anunciou: Meu Pavilhão é Força, é Raça, é Tradição e Virar o Jogo é Superação vai relembrar grandes momentos e dificuldades de sua trajetória, mostrando que a agremiação está ressurgindo.

A Ocara começou em 1956 como bloco de rua e rancho e, em 1993, se tornou de fato escola de samba. Desde então, conquistou 23 títulos do Carnaval na cidade, o último em 2006. “Como não ganhamos há muito tempo, vamos resgatar esse passado, lembrar os ‘ocarianos’ que somos capazes e mostrar que estamos vivos”, contou a presidente da escola, Marília Pereira da Fonseca.

A história será contada em três carros alegóricos. O abre-alas traz o índio, personagem símbolo da escola. A alegoria seguinte representa os desfiles mais marcantes, misturando enredos que falaram sobre Grécia, espaço sideral e natureza. Já no último carro, a força da escola será representada pela fênix, animal místico que renasce das cinzas.

Em dez alas, enredos passados vão ganhar vida, como a ala de Beethoven, que lembra a música. Os 400 componentes também mostram as dificuldades, encenadas por fantasias de tempestade, e superações, representadas pelo sol.

A trajetória é importante para aqueles que viveram as grandes épocas da agremiação. É o caso da aposentada Marília José Targher, 60 anos, a Zezé, que desfila desde 1977 e guarda boas lembranças. “O desfile de 2006, o primeiro ano em que uma escola de Santo André trouxe a velha guarda para a avenida, me emocionou bastante”, lembrou.

O enredo surge em momento de fragilidade da escola e pede aos ‘ocarianos’ que participem e se envolvam mais. Para a presidente, a saída de muitos participantes nos últimos anos prejudicou a agremiação. Por isso, o principal objetivo deste ano não é conquistar o título e sim lembrar a tradição e o amor pela Ocara. “As pessoas que sobraram estão tentando resgatar o que fomos um dia.” Entre vitórias e derrotas, muitos foliões se foram, mas muitos outros, como Zezé, não abandonam a escola. “É por amor”, garantiu ela.




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