Os eleitores deverao escolher entre a opositora Frente Republicana Guatemalteca (FRG, direita), favorita nas pesquisas, o oficial Partido do Avanço Nacional (PAN, direita) e a esquerdista Aliança Nova Naçao (ANN), liderada pela ex-guerrilheira Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca. Apesar de outros oito partidos minoritários participarem do pleito, nenhum deles tem condiçoes de chegar à presidência.
Durante o dia deste domingo, o governo mobilizará 30 mil policiais e militares para garantir a segurança da eleiçao, que conta com mais de 500 observadores internacionais acompanhando o processo.
O favorito é o advogado e economista Alfonso Portillo (48 anos), da FRG, que esteve envolvido em um confuso episódio ocorrido há 17 anos, no México, quando teria se envolvido na morte de dois homens. O político sempre alegou legítima defesa e jamais respondeu à justiça. Grupos de direitos humanas também questionam a FRG porque seu secretário geral é o ex-general golpista Efraín Ríos Montt (1982-83), a quem se atribui crimes de lesa humanidade.
O novo governo da Guatemala herdará um país com um doloroso saldo de 200 mil mortos e desaparecidos durante os 36 anos de guerra civil e índices de 80% de pobreza, 46% de desemprego e um analfabetismo que chega a 32% (58% entre os povos indígenas).
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