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Europa recebe cerca de 200 mil escravas brancas por ano
Do Diário do Grande ABC
19/06/2000 | 15:36
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Na Europa, cerca de 200 mil pessoas por ano caem em redes de tráfico de escravas brancas, especialmente nos Bálcas, denunciou nesta segunda-feira, em Viena, a Organizaçao para Segurança e Cooperaçao na Europa (OSCE), em uma conferência consagrada ao tema.

``O tráfico de seres humanos conheceu um importante na Europa do Leste, uma zona que hoje rivaliza com Asia, Africa e Caribe nessa questao', disse o subsecretário geral da ONU, Pino Arlacchi, que dirige a sede das Naçoes Unidas em Viena.

No Kosovo, onde estao tropas da Otan e diversas ONGs trabalham com a ONU, ``a comunidade internacional contribuiu para aumentar a demanda' do tráfico de mulheres, explicou Gerard Stoudmann, diretor do escritório da OSCE para Instituiçoes Democráticas e Direitos Humanos. Stoudmman esclareceu que a demanda nao é só de mulheres, já que inclui ``exploraçao sexual e também adoçao ilegal' de crianças, que é freqüentemente proposta aos membros da comunidade internacional do Kosovo.

Gerard Stoudmman diz que ``os criminosos internacionais descobriram que os lucros com o tráfico de seres humanos sao tao importantes que uma parte deles deixou o tráfico de drogas para se dedicar ao de pessoas. Traficar escravas brancas é um excelente negócio, muito menos perigoso de que traficar drogas, porque nao temos um arsenal jurídico internacional para combatê-lo'. A OSCE pretende fazer com que ``este comércio fique pelo menos tao difícil quanto o da droga'.

Segundo a Federaçao Internacional de Helsinki (FIH) para Direitos Humanos, o preço pago pelos traficantes por cada mulher varia ``entre algumas centenas e vários milhares de dólares'. A FIH, que apresentou na segunda-feira um informe sobre a questao, lamentou que ``alguns países (na Europa) considerem o tráfico de escravas brancas simplesmente como uma forma de prostituiçao'

A FIH ainda afirma que a Albânia é o principal ponto de tráfico de escravas brancas. Grupos mafiosos, albaneses e estrangeiros, comercializam mulheres com a Grécia e a Itália. O país também é cruzado por mulheres procedentes da Bulgária ou da Moldávia, com destino à Itália ou do leste e do sul da Europa.




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