Diarinho Titulo
No mundo dos
seres pequenos

Parece que não há nada ao redor quando se brinca sozinho;
mas milhares de bichinhos minúsculos estão em todo lugar

Caroline Ropero
Especial para o Diário
11/12/2011 | 07:00
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Parece que não há nada ao redor quando se brinca sozinho. No entanto, há milhares de bichinhos minúsculos em todo lugar. Não é porque nossos olhos não conseguem ver, que não são importantes. Pelo contrário: cada um tem sua função. Os ácaros, por exemplo, vivem entre a poeira, tapete e almofadas, e incomodam o sistema respiratório. Lucas Farias, 6 anos, de São Bernardo, entende do assunto. "O nariz coça, fica escorrendo e começo a espirrar", diz o garoto, que tem bronquite alérgica.

Os micróbios são bichinhos microscópicos e estão vivendo livremente por aí, em brinquedos, dinheiro, celular, torneira. As bactérias, por sua vez, são as que mais habitam o planeta. Podem ser boas, como as que servem para fazer pães e iogurte, ou ruins, que causam doenças.

Há fungos que também são difíceis de ver. Alguns ajudam na decomposição da matéria orgânica e no controle de ervas daninhas e pragas em plantações. No ser humano, costuma causar doenças, como micose, mas é usado para produção de antibiótico. Dá para ver em pão velho quando aparece uma manchinha verde, conhecida como mofo

Há algas microscópicas que ajudam os seres vivos ao fazer a fotossíntese, pois fornecem grande parte do oxigênio que respiramos. Servem de alimento para organismos como camarão e mexilhão, e são usadas na fabricação de remédios. Algumas fazem mal ao ser humano ao produzirem substâncias tóxicas.

O vírus é outro ser invisível que vive em todo lugar. Consegue entrar em nosso corpo com o ar que respiramos, ao beber água e encostarmos em lugar contaminado. Pode trazer doenças como gripe, resfriado, hepatite e diarreia. Assim como os outros seres bem pequenos, só é possível enxergá-lo por meio de aparelhos especiais, como microscópio eletrônico.

As bactérias passaram a ser estudadas no fim do século 19, quando o médico alemão Robert Koch descobriu que estavam causando doença no gado.

Vírus são formados, principalmente, por proteínas e ácidos nucléicos; conseguem se multiplicar rapidamente quando habitam células vivas.

Acredita-se que há mais de 1,5 milhão de espécies de fungos. Eles podem viver no solo, na água, em vegetais, animais e até nos homens.

 

Horton e o Mundo dos Quem

mostra a aventura de um elefante que descobre outro mundo dentro de minúsculo grão. Como os outros pensam que ele está louco, decidem destruir seus novos amigos. Mas Horton os protege e encontra lugar seguro para viverem. O elefante ensina que todos devem ser respeitados, independentemente do tamanho de cada um.

Consultoria de Enrique Boccardo, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Fungyi Chow, especialista em algas da USP, Rodrigo Feitosa, do Museu de Zoologia da USP, César Carvalho, professor de etimologia da Universidade Federal de Lavras, Deborah Perez, infectologista da Faculdade de Medicina do ABC.

 

 




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