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Greve de funcionários da Fundação traz prejuízos a estudantes

Paralisação, que chega a oito dias hoje, impede retirada de documentos e realização de matrículas; técnicos administrativos reivindicam salários

Bianca Barbosa
Especial para o Diário
11/01/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 A greve de técnicos administrativos da FSA (Fundação Santo André) chega hoje a oito dias. Embora o centro universitário não tenha dado início ao ano letivo de 2018, a paralisação dos funcionários já atrapalha a vida de estudantes que precisam de documentos ou fazer matrícula e até mesmo de professores.

Ex-aluna do curso de Pedagogia, Ester Mendes, 21 anos, foi pega de surpresa pela ausência de profissionais na secretaria acadêmica ontem. “Não sabia da greve. Vou até a reitoria ver se eles conseguem me ajudar com essa documentação”, lamenta.

A paralisação de funcionários e técnicos administrativos da FSA acontece desde o dia 4 de janeiro. Os motivos da greve são, basicamente, os atrasos de salários e do 13º salário, problemas que se arrastam desde 2015. Os funcionários reivindicam pagamento dos vencimentos de novembro e dezembro do ano passado, além de 13º, dissídios e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) referentes a 2016 e 2017.

Segundo o diretor da Affusa (Associação dos Funcionários Técnico-Administrativos da Fundação Santo André), Humberto Costa Sobrinho, a falta de diálogo por parte da reitoria é o principal problema enfrentado. “Hoje (ontem) entregamos uma segunda carta de reivindicação para a reitoria. Marcaram uma reunião para amanhã (hoje), mas não entregaram a pauta.”

Jeferson Machado, 25, estudante de Engenharia de Materiais, diz que a crise financeira do centro universitário já prejudica a qualidade do ensino. “A falta de funcionários atrapalha tanto quem faz rematrícula quanto quem vai ingressar na Fundação agora. Temos dificuldades para conseguir informações desde o ano passado.” Insatisfeito, o aluno está em processo de transferência para outra universidade da região, mas depende de documentação para dar continuidade ao processo.

O professor José Carlos Fernandes, 66, precisa de um certificado de conclusão para fazer matrícula em curso de pós-graduação, mas foi informado na portaria da FSA sobre a paralisação. “Não sei o que eu faço, esse documento é necessário para a matrícula, que só vai até o dia 18”, lamenta.

Ingressantes também encontraram problemas em decorrência da greve. A professora Lenita Bispo de Almeida Azevedo, 48, e o filho, Mateus Almeida Azevedo, 18, fizeram matrícula no dia 20 de dezembro, mas ainda aguardam informações sobre bolsa de estudos. “Ele perdeu a bolsa. Preciso pegar declaração da faculdade para tentar 10% de desconto com o Sindicato dos Engenheiros”, observa a mãe.

A reitoria da FSA foi procurada, mas não se manifestou sobre o tema até o fechamento desta edição.

 




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