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Empresas ficam mais cautelosas em ofertas para reter talentos
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/05/2014 | 07:04
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As oportunidades de obter ofertas profissionais interessantes, em momento em que o mercado vai bem, crescem para os que se destacam na carreira em suas áreas de atuação. No entanto, neste ano, em que a economia anda de lado, as empresas estão mais cautelosas em oferecer aumentos para segurar os talentos, observa estudo da Page Personnel, especializada em recrutamento de pessoal técnico e de suporte à gestão.

De acordo com dados da consultoria, os salários de profissionais técnicos e de suporte podem ter crescimento médio de 10% a 20% em 2014 no País. No ano passado, esses mesmos trabalhadores tiveram reajuste de até 30%.

Segundo o gerente executivo da Page Personnel, Ricardo Haag, as companhias estão tendo dificuldade de elevar vendas e, dessa forma, têm mais limitações para ampliar a folha de pagamento, que é um dos itens que mais oneram o orçamento. Porém, tem mais chances de aumentar a remuneração, nesse cenário, o profissional que tem conhecimento técnico mais qualificado e experiência comprovada, cita Haag. Ele acrescenta que as empresas estão mais criteriosas na busca por talentos, embora em algumas atividades ainda haja disputa por mão de obra, casos de vendas, engenharia e recursos humanos. Trabalhadores nessas áreas estão mais propensos a receber propostas de outras organizações, o que força o empregador oferecer salários e benefícios mais atraentes.

O consultor orienta que, enquanto não surgem ofertas, o colaborador deve levar em conta o ambiente de trabalho e as possibilidades de ascensão profissional. “Antigamente, o lado técnico pesava muito (para a seleção de empregados, por parte do recrutador), hoje as empresas estão preferindo contratar pessoas mais jovens e prepará-los”, diz. Dado curioso do levantamento, destaca Haag, é que a maior parte (70%) da movimentação de profissionais não se dá pela abertura de postos, mas pela substituição, a chamada ‘dança das cadeiras’ dos profissionais. “Não há volume de vagas grande”, cita. Ele acrescenta que a busca por qualificação é importante, principalmente em idiomas, já que, segundo ele, a fluência em outra língua ajuda a elevar a empregabilidade e é até mais valorizada do que uma MBA. “Há necessidade de idiomas no Brasil, onde essa é uma competência restrita”, assinala.  




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