Juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, Genilson Rodrigues Carreiro condenou o PT a devolver R$ 3,5 milhões aos cofres públicos pelo esquema de desvio de recursos durante o governo de Celso Daniel (PT, morto em 2002).
A sentença envolve também o ex-ministro Gilberto Carvalho (PT, que foi secretário na gestão de Celso), Sérgio Gomes da Silva, Klinger Luiz de Oliveira Sousa e o empresário Ronan Maria Pinto, dono do Diário. Cabe recurso.
Além da devolução dos recursos públicos, o juiz determinou que os envolvidos percam direito de função pública, tenham suspensos os direitos políticos por dez anos e fiquem proibidos de contratar com o poder público.
O magistrado acatou denúncia do Ministério Público, que alegou existir esquema dentro do governo Celso para desvio de dinheiro com objetivo de abastecimento de campanhas eleitorais entre 1997 e 2001.
“Gilberto (Carvalho), filiado ao Partido dos Trabalhadores e secretário de governo na gestão de Celso Daniel, seria o encarregado de transportar o dinheiro arrecadado à sede da agremiação política”, escreveu Carreiro, em sua sentença. Gilberto Carvalho foi secretário-geral da Presidência nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT) e até semana passada estava na presidência do conselho nacional do Sesi.
“Trata-se de uma sentença cível, a qual a defesa de Ronan não teve acesso, mas desde já não concorda com seu teor e dela recorrerá assim que intimada para tanto”, informou Fernando José da Costa, advogado de Ronan Maria Pinto. O PT argumentou, por nota, que a condenação é injusta e também avisou que vai recorrer. (com Agências)
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.