Tem coisas na política que são difíceis de entender. Mas há situações impossíveis de compreender. Semana passada, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), disse que iria procurar o novo presidente do PMDB, Nilson Bonome, para tentar atrair o partido para seu projeto de reeleição. A declaração já deixou alguns de boca aberta, porque o peemedebista saiu da administração em janeiro brigado com o petebista. Agora, o ex-secretário de Gabinete afirma que tem apreço pelo chefe do Executivo e pode dialogar normalmente com ele. Mas, se não for procurado até o fim da semana que vem, partirá dele a iniciativa de chamar o prefeito para uma conversa. E o conteúdo da reunião deve deixar muita gente com a pulga atrás da orelha. Bonome vai cobrar cargos de Aidan para garantir o PMDB na base de sustentação. Segundo o peemedebista, muitos indicados da sigla foram exonerados e está havendo cobrança. O estranho é que Bonome é pré-candidato ao Paço e, assim, será adversário de Aidan na eleição. Mas, o pior: tudo pode acontecer. O ex-secretário pode cobrar, o prefeito pode atender e eles podem se enfrentar em outubro. Dá para entender?

Agora vai?

Informação quente de bastidor de Santo André: o PSDB fechou aopoio à reeleição do prefeito Aidan Ravin (PTB). Mais do que isso, o vice seria o presidente do diretório municipal tucano, Ricardo Torres. Ele era assessor de gabinete do secretário estadual de Meioa Ambiente, Bruno Covas. Assim, a parceria teria respaldo do Palácio dos Bandeirantes.

Inusitado

O pré-candidato à Prefeitura de São Caetano pelo PCdoB, Eder Xavier, tem expressado propostas inusitadas. Promete entrar na campanha mesmo sem apoio de outras legendas e, se eleito, nomeará secretários sem filiação partidária, somente de caráter técnico. Ta fácil, só resta vencer o pleito.

Inédito

Ontem, durante encontro do PT estadual sobre estratégia eleitoral, em Embu das Artes, o vice-prefeito de Mauá, Paulo Eugenio Pereira Júnior, distribuiu livreto de prestação de contas do mandato 2009-2012. Está certo que o petista acumula função de secretário de Saúde - assunto que predomina no conteúdo de material -, mas talvez seja a única vez que um vice-prefeito presta contas. O chefe do Executivo, Oswaldo Dias (PT), que tentará a reeleição, ficou como coadjuvante.