O vereador Sidão da Padaria (PSB), de São Caetano, mudou sua postura nas sessões da Câmara depois de ter duas contas reprovadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), de 2011 e 2012, anos em que foi presidente do Legislativo. O socialista tem direito a recursos no próprio órgão de fiscalização do poder público, mas dificilmente reverterá os casos. O que pode tirar possibilidade de concorrer à reeleição no ano que vem, pois se tornará ‘ficha suja’. E ainda faltam as análises dos gastos de 2013 e 2014. Ocorre que Sidão tem tomado postura mais acanhada nas plenárias. Pouco conversa com os colegas da Casa. Está mais discreto. Entra mudo e sai calado. Deve ter sentido o golpe. Nos corredores da Câmara comenta-se que ele tem buscado caminhos errados para resolver a situação junto ao TCE. Como Chapeuzinho Vermelho que buscou o atalho equivocado na floresta. É difícil virar o jogo, mas em política nada é impossível. E se há consequências políticas, os efeitos partidários já batem à porta de Sidão. Ele tem caído em descrédito junto a lideranças do PSB, pois a desconfiança de sua candidatura ser avalizada pela Justiça Eleitoral tem se alastrado. Mais do que entre os socialistas, integrantes do PPS também têm olhado com lupa os passos do vereador, já que os partidos devem se fundir e criar outra legenda.

Convites
Ex-vereador e presidente do PEN de São Caetano, Gilberto Costa se reuniu nos últimos dias com duas importantes figuras da política da cidade. Convidou a ex-secretária de Saúde e candidata ao Paço pelo PTB em 2012, Regina Maura Zetone (hoje sem partido), e Iliomar Darronqui (PR), ex-titular de diversas Pastas nas administrações Luiz Tortorello (1989 a 1992 e 1997 a 2004) e José Auricchio Júnior (PTB – 2005 a 2012). O republicano hoje é diretor da SATrans, empresa municipal que regula o transporte andreense. E incentivou Gilberto a disputar eleição pelo PL em 1996, quando foi parlamentar pela primeira vez. Segundo o ex-vereador, a expectativa é positiva para recebê-los na sigla. A avaliação é a de que, se isso ocorrer, o partido terá maior margem de manobra nas discussões sobre 2016, já que os três teriam potencial para encabeçar chapa a prefeito, ser vice de outros projetos ou buscarem vaga na Câmara.

À procura de partido
Vereador de Diadema, Talabi Fael procura desesperadamente uma sigla no arco de alianças do prefeito Lauro Michels (PV). Ele está no PR, que recentemente trocou de direção. O então presidente José Carlos Gonçalves foi destituído e está de malas prontas para o PPS. O comando do partido ficou com Luiz Paulo Salgado, com o qual Talabi não tem boa relação.

Grafite da discórdia
Em seu programa no SBT, o apresentador Danilo Gentili pegou pesado com o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), o qual acusa de censura pelo fato de a Prefeitura ter mandado apagar um grafite com a figura do humorista – em seu lugar foi pintado Albert Einstein. Há especulação de motivação política para a troca dos personagens na arte, mas o petista nega e diz que a substituição teve caráter técnico, pois o artista que desenhou não foi selecionado pelo edital. “Minha história está marcada pelo combate à ditadura e pela defesa da democracia. Não tive, não tenho e nunca terei nenhuma atitude que censure qualquer manifestação”, afirmou o prefeito.