Utilizados diversas vezes pelo Banco Central na tentativa de pressionar a alta da moeda norte-americana, os leilões de swaps cambiais implicam na injeção de dólares no mercado financeiro, aumentando a oferta da moeda e, portanto, diminuindo a sua cotação nas negociações diárias.

Na tradução literal do inglês, o termo swap significa permuta. Um contrato de swap é uma operação realizada entre bancos, que implica na troca de moedas a um câmbio fixo com uma taxa de ganhos pré-fixada ou pós-fixada, a depender do acordo entre os envolvidos na negociação.

O Banco Central, através de uma operação de swap, troca reais por dólares e mantém esses valores em reservas cambiais, como uma espécie de poupança. No entanto, essas operações têm vencimentos futuros e, por isso, são estabelecidos contratos para garantia da operação.

O leilão de contratos de swap implica na venda desses contratos, injetando, portanto, dólares que estavam em poupança pelo Banco Central.

APLICAÇÃO - Na quinta-feira, após o Banco Central anunciar um programa de venda de swap cambial de até US$ 50 bilhões, que foi seguido de uma série de leilões, o dólar no mercado à vista fechou em queda de 3,13%,a R$ 2,30, após saltar 12,53% nas três sessões anteriores e depois de subir até 6,39% logo após a abertura ontem. "O BC quer dizer: estou disposto a ir longe", disse o economista-sênior do Unibanco, Darwin Dib, sobre o anúncio da autoridade monetária para acalmar o mercado cambial.

Ao todo, o BC fez cinco operações, duas de venda de swap cambial num total de US$ 2,227 bilhões, e três leilões de venda direta, com negociação estimada de cerca de US$ 850 milhões.