Diante de racha interno na direção, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André promoveu, inusitadamente, duas assembleias para montar comissão eleitoral e o caso tende a ser judicializado. Na realidade, o primeiro encontro, de fato, era para acontecer no início deste mês, mas conflito entre as partes inviabilizou o andamento. Foi cancelado, portanto. O primeiro efetivo foi organizado pelo grupo de oposição, no qual o representante legal da entidade, Carlos Alberto Pavan, se recusou a participar. A última reunião, devidamente convocada pelo atual presidente, ocorreu na sexta-feira, no auditório do Anfiteatro Heleny Guariba. No total, são cinco integrantes na comissão. Os oposicionistas conseguiram eleger maior número na ala.

“O resultado é mais uma vitória e expressa a vontade dos servidores que querem Sindserv independente de patrão e que defenda e respeite os direitos dos servidores públicos”, destacou Rodrigo Gomes Abreu, diretor de comunicação da entidade. Pavan sugeriu que impetrará ação por conta de eventual parcialidade na eleição de um dos componentes da comissão. “O Avelino é parente do Luciano Manoel do Nascimento (ligado à oposição interna). Nós vamos questionar isso. O pleito tem que ser neutro. Veremos possibilidade de substituição (do nome). Se for o caso, entraremos com processo”, disse.

A eleição da diretoria está marcada para os dias 28 e 29 de setembro. Os servidores têm até sexta-feira para inscrever as chapas na concorrência. Devido aos problemas, Pavan publicou edital convocando o Ministério Público do Trabalho para controlar o pleito e evitar novos questionamentos.