Os principais pontos discutidos foram a implementação da jornada de trabalho de 40 horas semanais, a realização de um concurso para contratação de três mil novos médicos e a extensão do prazo para que a remuneração dos profissionais chegue ao valor desejado até dezembro de 2006.
A proposta da entidade que representa os peritos é que a carreira tenha uma remuneração de 85% a 90% do que ganham atualmente as carreiras estruturadas dentro da Previdência, como auditores fiscais e procuradores. "Eram carreiras da MP 46, de que participávamos até 2002, e fomos retirados por um acordo. Chegando nesta faixa de vencimentos ao fim de 2006, a categoria se dá por satisfeita" disse Eduardo Almeida.
O maior entrave nas negociações é que 70% dos atuais 2,1 mil médicos trabalham 20 horas semanais. O pedido é que seja assegurado a esses profissionais a opção de migrar para a nova carreira de 40 horas.
O governo, no entanto, ainda estuda a reivindicação porque 70% dos médicos que cumprem 20 horas já estão próximos de se aposentar. "Teremos que ver juridicamente a possibilidade do médico mudar para 40 horas e permanecer mais algum tempo na ativa", comentou Almeida.
O salário de um médico é de R$ 580 para trabalhar 20 horas semanais. Somadas às gratificações, o profissional recebe R$ 1.286,45 como vencimento inicial. A proposta apresentada durante a reunião especifica que os salários seriam de R$ 4,4 mil até dezembro de 2006, como vencimento para 40 horas.
"O salário final não sei exatamente quanto seria, mas aumentaria cerca de R$ 1,5 mil, R$ 2 mil. Talvez chegue a R$ 6 mil", calcula o presidente da Associação dos Médicos.
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