O técnico brasileiro convive – em virtude de tantos novos jogadores em campo – com o egoísmo dos atletas que, antes mesmo de pensarem na seleção, estão mais preocupados com os próprios desempenhos. Não existe nem a lembrança do vexame que o Brasil deu na última Copa América, em 2001, disputada na Colômbia. A eliminação diante de Honduras não tem o menor significado.
“Cada jogador tem de aproveitar ao máximo a Copa América para tirar proveito para a sua carreira. Sairemos valorizados por vestir a camisa do Brasil. Desde que cheguei ao Peru, me sinto outro jogador, muito mais respeitado. É isso que importa”, disse Gustavo Nery.
E, com esse pensamento, a filosofia do cada um por si e a falta de entrosamento fazem com que os jogadores tentem decidir sozinhos as jogadas, sem conjunto, sem tabelas e sem solidariedade.
A experiência de Parreira o fez perceber o que está acontecendo. Embora não assuma, o treinador está com medo da desmoralização internacional. Não se atreve em pensar em título, teme a desclassificação na primeira fase.
“Quero sete, oito jogadores atrás da linha de bola quando o Chile estiver atacando. Esses atletas que selecionei nunca atuaram juntos. E o time precisa adquirir confiança. Por isso, não há a necessidade de se expor. O Brasil vai atacar como sempre fez, mas não será pego de surpresa”, resume Parreira, que não conta com Kléberson, contundido, na estréia. Para o seu lugar, o treinador colocou Dudu Cearense e os laterais Mancini e Gustavo Nery atacarão bem menos do que fazem nos seus clubes.
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