Não gostei do jogo e muito menos da Seleção Brasileira. As alterações de Dunga não deram resultado. Como ele deve estar lamentando não...
Não gostei do jogo e muito menos da Seleção Brasileira. As alterações de Dunga não deram resultado. Como ele deve estar lamentando não ter convocado Ganso ou Ronaldinho Gaúcho...
Júlio Baptista não substituiu à altura Kaká. E Daniel Alves foi peça inoperante no meio-campo. Elano fez falta e Robinho muito mais.
A Seleção que Dunga trouxe para a África não tem o objetivo de empolgar. Pragmático, o treinador busca o objetivo. Ele não está preocupado em agradar jogando e exibindo belo futebol.
Há quem prefira assim. Não estou incluído neste time. Acostumei-me com a tradição do futebol brasileiro, produto de exportação do nosso País.
Em qualquer lugar do mundo quando alguém se identifica como brasileiro, afirmam com alegria sobre Pelé, Zico, Ronaldo & cia.
Dunga pertence a três gerações diferentes do futebol brasileiro: aquela fracassada de 1990, a vencedora, sem entusiasmar ninguém, de 1994 e a de 1998, que também não mostrou grande futebol, apesar de ter chegado à final.
Precisamos torcer para que Dunga-treinador seja uma mistura de 1994 e 1998 melhorada.
Bastidores
Desconhecido até esta Copa do Mundo, o meia-atacante Honda, da seleção japonesa, é um dos jogadores mais badalados da competição. A campanha japonesa merece aplausos e toda delegação vive momento de glória. A classificação inconteste comprova que não tem mais japonês no jogo.
- Maradona continua distribuindo sorrisos e troca com a imprensa argentina palavras e olhares carinhosos. Os jornalistas, em retribuição, nas coletivas, fazem perguntas amenas e nada comprometedoras. Ninguém lembra mais os momentos tensos vividos no ano passado entre as partes.
- Impressionante a confraternização de brasileiros e portugueses na cidade e nos arredores do estádio. Parecia que torceriam pelo mesmo time. Tenho dito há muito tempo que torcida de Copa do Mundo é completamente diferente da galera que vai aos estádios brasileiros.
- Emocionante a execução dos hinos de Portugal e do Brasil antes da partida de Durban. As vuvuzelas, em sinal de grande respeito, silenciaram. As torcidas mostraram educação e patriotismo. Parecia uma sala de teatro. Eu não havia visto isso ainda nesta Copa.
Toque Final
Do céu em 2006 para o inferno em 2010. Marcelo Lippi experimentou inesperadamente a glória, conquistando a Copa do Mundo na Alemanha.
Convenhamos que aquele time, aliás, melhor do que esse que veio à África, mesmo assim, não tinha pegada para ganhar o Mundial.
Lippi viveu nesses quatro anos momentos de alegrias e tristezas. Até porque em alguns momentos das eliminatórias, a Squadra Azzurra não esteve desempenhando bom futebol.
Com a pífia campanha aqui na África os italianos retornam à casa com retrospecto indigno de seleção que tem tanta tradição e conquistas.
A exemplo do que aconteceu na França, com a péssima campanha africana, o que se espera agora é que o investimento nas escolinhas que revelam jogadores seja mais incrementado.
Quem gosta de futebol não pode deixar de lamentar esse quadro. Itália e França são duas escolas campeãs, tradicionais, com torcidas apaixonadas.
Os cartolas, até por conta da demagogia e para salvar sua pele, estão prometendo mudanças. Tomara!
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