Política Titulo São Bernardo
Morando pede ajuda do Estado para o HC

Prefeito de São Bernardo projeta estadualizar
equipamento ou receber recurso para manter unidade

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
07/01/2017 | 07:00
Compartilhar notícia
Ricardo Cassin/PMSBC


O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que pretende entregar a gestão e custeio do Hospital de Clínicas da cidade, no bairro Alvarenga, para o governo do Estado. Ontem, o tucano vistoriou o equipamento, ao lado do secretário de Saúde, Geraldo Reple Sobrinho, e anunciou que somente 40% do hospital está em funcionamento.

Aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Morando salientou ser difícil que o Estado assuma o HC. Porém, haverá pedido de auxílio financeiro estadual para custear a unidade, que consome R$ 7 milhões ao mês dos cofres municipais (havia promessa de auxílio do governo federal, que, segundo a atual gestão, não tem se confirmado).

“Tenho convicção de que ele (Alckmin) não aceitará (estadualizar o HC). Ele tem o compromisso de responsabilidade fiscal com o governo paulista”, declarou o tucano. Morando argumentou que vai solicitar dinheiro ao Estado por causa da função regional que o local desempenha, atendendo cidades de toda a região e da Capital.

Nas contas de Morando e Reple, dos 257 leitos disponíveis desde a inauguração, em dezembro de 2013, apenas 110 estão em pleno funcionamento. Além disso, dos três setores de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – com 20 leitos cada –, apenas um está sendo utilizado. A entrevista aos jornalistas, inclusive, foi concedida em um departamento de UTI desativado.

O HC foi inaugurado com presenças da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com pompas pelo ex-prefeito Luiz Marinho (PT). Hospital teria capacidade para realizar 1.500 cirurgias, 1.500 internações e 10 mil consultas por mês. A estrutura consumiu R$ 240 milhões dos cofres municipal, estadual e federal. A meta do governo anterior era fazer com que o HC funcionasse em sua plenitude até o fim de 2014, o que nunca ocorreu.

“É um fato muito triste. Em três anos de hospital, numa profunda ociosidade, e, por outro lado, uma demanda na Saúde muito grande”, afirmou Morando. Uma das situações mais alarmantes é a do oitavo andar da unidade. Segundo a administração, o piso já está cedendo e pode causar desabamentos. “(Além de tudo, o piso) Pode concentrar bactérias e gerar problemas”, falou o tucano. “É um fato grave. Estamos tomando as providências. É inaceitável. Uma obra que foi entregue há três anos já ter problemas de infraestrutura. Provavelmente vai gerar uma demanda de custo para a Prefeitura corrigir isso”. A empreiteira que ergueu o hospital foi a Tratenge Engenharia. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;