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Prefeitos da região admitem abrir economia após liberação gradual na Capital

Funcionamento de concessionárias e escritórios na Capital surpreendeu políticos do Grande ABC

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/06/2020 | 18:40
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Divulgação


A decisão do prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB), em autorizar o funcionamento de concessionárias e escritórios em São Paulo a partir desta sexta-feira (5) provocou tensão entre os prefeitos do Grande ABC e alguns chefes de Executivo já admitem antecipar a reabertura desses estabelecimentos na região no fim de semana mesmo sem liberação do governo do Estado.

O Diário apurou que o presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Gabriel Maranhão (Cidadania), também prefeito de Rio Grande da Serra, pediu reunião com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB), para tratar do assunto e cobrar a liberação para relaxamento mínimo da quarentena imposta para tentar conter o avanço do novo coronavírus.

No Plano São Paulo, instituído pelo governo paulista para retomada da atividade econômica no Estado, o Grande ABC ficou classificado na Fase 1, vermelha, de maior restrição dentro da quarentena. Entretanto, a despeito de ser limítrofe da região, a Capital está na Fase 2, laranja, com possibilidade de abrir alguns estabelecimentos comerciais, como shoppings, concessionárias e escritórios.

Na última semana, depois desse anúncio, prefeitos da região tentam convencer o Estado a trocar as sete cidades de fase, sob argumento de que o Grande ABC tem números melhores nos critérios utilizados pelo Palácio dos Bandeirantes dentro do Plano São Paulo – como volume de leitos a cada 100 mil habitantes, quantidade de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), taxa de isolamento e testagem da população.

Apesar de figurar na Fase 2, Bruno Covas, na segunda-feira (1º), decidiu seguir com fechamento de serviços não essenciais na Capital, fato que, de certa forma, distensionou o debate. Isso porque havia expectativa de troca de faixa no Grande ABC, mas, na quarta-feira, o governador João Doria (PSDB) optou por manter a região na zona máxima de restrição. Durante entrevista a jornalistas, Bruno Covas e Doria disseram que o cenário – de fechamento total na Capital e na Região Metropolitana – seria o mesmo até o dia 15.

Os prefeitos da região foram pegos de surpresa com o anúncio de Covas na tarde desta quinta-feira. Tanto que eles conversaram por telefone para buscar alinhamento e pressionar novamente o Estado.  




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