O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) poderá fazer outros reajustes na taxa de juros nas suas linhas de financiamento, de acordo com "sua sensibilidade".
"Tenho que discutir com o BNDES", disse Mantega. "Algumas linhas poderão ser alteradas pelo BNDES porque ele tem autonomia", acrescentou.
O ministro ressaltou, no entanto, que a elevação de um ponto percentual na taxa de juros do PSI (Programa de Sustentação de Investimento), já estava prevista para ocorrer a partir do segundo semestre.
AJUSTES
Questionado se o governo poderá promover aumento maior do que o previsto, ou seja passar de 4,5% para 5,5%, Mantega disse que não. Mas em seguida destacou: "É claro que o BNDES faz os ajustes dele. Em princípio está previsto aumento de um ponto percentual para todas as linhas (do PSI)".
O ministro disse ainda que o que o governo planejava já foi anunciado, mas ponderou que a instituição financeira tem que fazer as contas "e, aí, poderá fazer alguma alteração nas linhas e na taxa de juros". "Ele (o BNDES) tem autonomia para fazer as alterações", insistiu o ministro da Fazenda.
ALTERAÇÕES
Questionado se era favorável a essas alterações, o ministro foi sintético: "Tenho que discutir com o presidente do BNDES", destacou Mantega.
Ele disse ainda que não é favorável a uma elevação da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente fixada em 6% ao ano.
Essa taxa prevalece até o fim deste mês. O eventual aumento será discutido na próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que ocorre na última semana deste mês.
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