A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Semasa decide hoje qual será o próximo convocado para prestar esclarecimentos aos parlamentares. A reunião para elaborar os ofícios será à tarde, na Câmara. A oitiva será marcada para quarta-feira.

O depoimento do ex-diretor de Gestão Ambiental Roberto Tokuzumi, concedido à Polícia Civil e obtido pelos vereadores, mudou os rumos da investigação parlamentar.

O presidente da comissão, vereador Donizeti Pereira (PV), disse que a fala do ex-diretor trouxe novidades ao caso. "O depoimento norteia quem a gente deveria ouvir. Temos pretensão de escutar (Ângelo) Pavin (superintendente do Semasa) e o Dovilio (Ferrari Filho, superintendente adjunto), que são pessoas que a gente já sabia que a CPI vai ouvir. Tem outras pessoas nesse caso que podem ser interessantes", afirmou o verde.

Tokuzumi teria contado para a polícia alguns casos que ocorreram na autarquia e que comprovariam o suposto esquema de propina para obtenção de licenças ambientais. O esquema está sob investigação do Ministério Público e foi revelado com exclusividade pelo Diário no dia 4 de março. "O que tem bastante no depoimento é nome. Pessoas que presenciaram discussão e que o interpelaram", disse Donizeti.

A apuração da comissão será mais combativa no sentido de identificar esses novos personagens do caso. "Tem nomes de funcionários, pessoas que falariam em nome de empresas. Há casos em que é citado somente o primeiro nome", considerou o verde.

Apesar de todos os integrantes da comissão estarem com o depoimento de Tokuzumi em mãos, ele será novamente convocado para prestar esclarecimentos aos parlamentares. Ele foi chamado na quarta-feira, mas apresentou atestado médico e não compareceu. "Vamos esperar a alta para novamente convocá-lo. O atestado diz que ele está com diabetes alta e por conta disso está sofrendo de hipertensão", justificou Donizeti.