Artigo

Utopia e formação da realidade

Como os arqueiros de Maquiavel, os ideólogos da UFABC (Universidade Federal do ABC) apontaram para o ponto mais alto ao mirarem seus objetivos. Desde a sua concepção, um dos seus principais idealizadores, o engenheiro Luiz Bevilacqua, semeou no imaginário da comunidade acadêmica o sonho de que o primeiro Nobel brasileiro sairia das fileiras da UFABC. As sementes desta utopia foram rapidamente germinadas em outros campos do saber. No terreno político, o então ministro da Educação Fernando Haddad foi um dos principais cultivadores do projeto pedagógico da universidade do século 21. Para ele, mais do que modelo para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a UFABC deveria ser a melhor universidade do Brasil.

Em pouco mais de meia década os desígnios acadêmicos e políticos da jovem universidade começaram a se confirmar. Inicialmente, com a acertada decisão de adotar o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) como processo seletivo único, o que levou o BC&T (Bacharelado em Ciência e Tecnologia) a ser o curso mais procurado nas duas primeiras edições do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

No que se refere à sua produção intelectual, a utopia ufabceana já se espraiou no além-mar. Desde 2010, a UFABC desponta como a universidade brasileira mais bem classificada no SIR (Scimago Institutions Rankings), em termos de impacto científico. Em 2012, a instituição confirmou sua posição anterior e se destacou como a melhor universidade brasileira nas categorias ‘publicações de alta qualidade', ‘excelência' e ‘impacto normalizado das suas publicações'.

Finalmente, a UFABC coroa esta meteórica trajetória educacional colocando-se entre as melhores universidades do Brasil nas avaliações institucionais do MEC (Ministério da Educação). No ranking das dez melhores universidades brasileiras, a instituição está em segundo lugar, logo atrás da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande Sul). No Estado de São Paulo, à frente de importantes instituições do Ensino Superior paulista, a UFABC consagra o grito de guerra dos seus estudantes: ‘Eu faço engenharia na melhor das federais'.

Mas a realização precoce das utopias também é acompanhada dos seus perigos. O maior deles é deixar de sermos guiados pelos nossos sonhos. Afinal, como dizia o velho antropólogo Darcy Ribeiro, ‘De fato, não importa nem mesmo que nenhuma utopia se realize. (...) Só é preciso haver utopia.'

Sidney Jard da Silva é professor da UFABC.

Palavra do Leitor

Boas-Festas

O Diário recebe e retribui votos de Boas-Festas a KIA Motors do Brasil; Corpore Brasil; RP1 Comunicação; Porvir; Luiz Geraldo Floeter Guimarães e família; Equipe Sanchat Tour Operadora; Monique L. Regueira; Garrido Marketing; PR Newswire; Samir Nassar - Trade Tours; Grupo Radar; Adler Kiko Teixeira, prefeito de Rio Grande da Serra; Mínimo Detalhe Assessoria de Eventos; Informa Assessoria de Imprensa; Daniela Guiraldelli e equipe; BM&FBovespa S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; Estúdio de Comunicação; In The Press; Cármen Guaresemin; Nathalia Julia Scano; Frisson Assessoria; Caliper Brasil - Gestão Estratégica de Talentos; Filipe dos Anjos e equipe; Luiz Nusbaum; Norton; Michelle Ito; WR Press Comunicação Estratégica; Rafael Santiago; vereador Gilberto Natalini; Scenery Travel Service; Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer); Midiorama e Equipe; Bruno Motta; Prefeitura de Porto Alegre; Secretaria Municipal de Turismo de Porto Alegre; Visar; Nayara Fernandes; Ralcoh Comunicação e Equipe; Luiz Carlos; Rosana Iurillo; Boteco Maria; SindusCon-SP (Sindicato da Construção; RCR Comunicação Empresarial).

Multas

A Justiça brasileira está supondo que estipular multas exorbitantes irá resolver as gravíssimas ocorrências de trânsito nas cidades e nas estradas por este País afora. Nosso problema é de raiz, é cultural, é de falta de educação mesmo. E o mais grave, impunidade! O cidadão não tem o menor respeito pela lei e pela vida alheia. Bebe, pega o carro, sai dirigindo alucinadamente e seja o que Deus quiser.

José Marques, Capital

Fator Previdenciário

O que me deixa decepcionado em relação ao fator previdenciário é ver que o povo brasileiro não se manifesta. O fator é agressão ao trabalhador. Quando foi inventado, o governo em momento algum pensou em sanear a Previdência. Foi simplesmente para tomar dinheiro do trabalhador para preservar seu curral eleitoral. Curiosamente o governo seguinte, comandado pelo líder dos trabalhadores, gostou da coisa e, traindo a confiança do trabalhador, não só manteve como aperfeiçou-a. São inúmeros os tipos sustentados com dinheiro da Previdência, mas talvez o mais escandaloso é o tal de seguro-desemprego. O sujeito força sua demissão, passa a receber o seguro-desemprego, arruma atividade sem registro em carteira e fica recebendo dois salários. Seria cômico se não fosse tráfico. Enquanto isso, o aposentado que pagou durante toda uma vida, atingido pelo tal fator previdenciário, recebe pouco mais da metade do que teria direito.

Donizete Ap. de Souza, Ribeirão Pires

Cansada

Quero expressar minha revolta contra a GVT, pois fiz assinatura dia 8 de novembro e desde então só tive dor de cabeça. Estou cansada de tanto ligar e reclamar! Devo ter uns 20 protocolos. É um descaso, ficam transferindo, deixando-me pendurada na linha, quando não dizem que passaram para a pessoa errada. A última reclamação foi dia 11, pois veio um instalador mudar a minha antena. Tirou tudo, deixou no quintal dizendo que iria buscar peça para terminar de colocar, mas até hoje não voltou. Estou desde então sem TV. Liguei muitas vezes e só passei nervoso, porque ninguém sabia resolver o problema e tive que contar o ocorrido cinco vezes. Dia 12, liguei novamente e me falaram que iriam mandar o instalador em até 72 horas. Estou até hoje nessa situação. Isso é revoltante e total falta de respeito com o cliente, e ainda para cancelar tem de pagar a multa, que é alta. Cadê o direito do consumidor, que não respeitam!

Sônia Maria da Silva, Santo André

Repeteco

É isso que dá ter no governo pessoas incompetentes, sem planejamento e visão do futuro. Quem não sabe fazer só pode mesmo continuar dando isenções de IPI. No futuro teremos que pagar esta defasagem nos impostos. A oposição tem obrigação de denunciar essa farsa, pois o povão endividado não associa quem são os culpados da sua situação!

Tania Tavares, Capital