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Quatro dos sete desaparecidos em barco são do Grande ABC

Buscas pela embarcação Anjo Gabriel I entram no sexto dia; grupo saiu para pesca esportiva em Bertioga na sexta-feira

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
04/08/2016 | 07:00
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 Equipes do Corpo de Bombeiros, da Marinha do Brasil e de amigos e familiares entram, hoje, no sexto dia de buscas pelos sete integrantes do barco Anjo Gabriel I, que desapareceu após sair de Bertioga, no Litoral Norte, com destino à Ilha de Alcatrazes, na sexta-feira. Quatro tripulantes do grupo, que praticava pesca esportiva, são da região: <CW-30>os moradores de Santo André Rogério Viana, Natalino Morita e Vandir Assunção do Carmo, além de Renato Molinari, nascido em São Caetano.

Também seguem desaparecidos o proprietário da embarcação, Fábio Garbin, Dyone Amorim Neves e Ismael dos Santos. Cerca de 20 amigos e familiares se organizaram e auxiliam as buscas, que são realizadas por meio de nove barcos e um helicóptero alugado.

Segundo o comerciante de Santo André Rafael Navarro, 33 anos, amigo do grupo, os integrantes estavam acostumados a pescar em alto-mar. “Eles já tinham pescado naquela área com aquele mesmo barco. Estamos fazendo de tudo para ajudar nas buscas e, no momento, queremos pedir para o pessoal orar bastante.”

A compradora Elisa Ramos do Carmo, 27, filha de Vandir Assunção do Carmo, morador do Jardim Las Vegas, está hospedada em Bertioga para ajudar nas buscas. “Meu pai pesca há mais de 20 anos pelo menos uma vez por mês em alto-mar. Ele é experiente. Estamos otimistas, porque a gente não encontrou nada que nos desanimasse”, disse.

 

BUSCAS

O último contato do grupo com a Capitania dos Portos do Estado foi realizado na saída da Náutica Polygon, às 15h da sexta-feira. A expectativa era de retorno no sábado pela manhã.

Conforme a tenente Karoline Burunshizian Magalhães, do GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimo), as buscas serão mantidas durante 24 horas. “Temos equipes em três barcos. As buscas não vão parar, vamos continuar durante toda a madrugada”, afirmou.

Destroços de barco e um colete salva-vidas foram encontrados nas proximidades da Laje de Santos na terça-feira, porém não foram confirmados se pertencem à embarcação. “Como não tem nenhuma identificação, a gente não pode garantir. Estamos buscando qualquer indício, mas como eles só fizeram contato em terra, nós não temos referências. Estamos trabalhando em uma área equivalente a 100 milhas”, disse. Os trabalhos estão concentrados em área perto da costa, a distância de cerca de 16 quilômetros mar adentro, do Canal de Bertioga até a ponta do Guarujá.

A Marinha do Brasil, por meio da CPSP (Capitania dos Portos de São Paulo), afirmou em nota que o material encontrado foi recolhido e que equipes permanecem “diuturnamente” fazendo a varredura na área à procura dos desaparecidos. “Avisos são enviados a cada meia hora pelas estações de rádio de Santos e São Sebastião. Navios mercantes que navegam nas proximidades também estão sendo alertados para fornecerem informações sobre a embarcação.”

Na noite de ontem, as equipes de busca localizaram mancha de óleo nas proximidades do Montão de Trigo, localizado entre Bertioga e São Sebastião. A área será verificada.

(colaborou Daniel Tossato)

 




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