Um jovem de 23 anos teve traumatismo craniano grave depois de ser agredido na casa noturna El Cuervo, na Avenida Portugal, em Mauá. Após ser atingido com socos e coronhadas, Rafael Mendes Caetano foi atirado do mezanino para o andar inferior, onde funciona a pista de dança. O crime ocorreu na madrugada de sexta-feira.

Thiago Mendes, irmão da vítima, a discussão começou quando Rafael ofereceu bebida para um homem que sentava à mesa ao lado. O indivíduo teria se irritado ao ser chamado de “parça” e iniciou as agressões, identificando-se como policial.

Thiago afirma que um amigo de Rafael tentou acalmar os ânimos, mas foi ameaçado. Os colegas do agressor seguraram a vítima enquanto ela era golpeada. Em seguida, o grupo levantou o jovem e o jogou para o piso inferior.

Rafael foi socorrido ao Hospital Mário Covas, em Santo André, onde permanecia internado em estado grave até o fechamento desta edição. “Um dos médicos já diagnosticou morte encefálica, mas o protocolo exige laudo de outro profissional”, afirmou Thiago. Até o fechamento desta edição, não foi informado o resultado do exame complementar, realizado no período da noite.

Segundo o boletim de ocorrência registrado no 1º DP (Centro) de Mauá, o dono da casa noturna, identificado como Beto, teria dito que os agressores pertencem à Força Tática da PM (Polícia Militar). O caso foi registrado como tentativa de homicídio. Até ontem à noite, ninguém havia sido preso. As imagens das câmeras de circuito interno deverão ser apresentadas hoje.

A comandante da PM no Grande ABC, coronel Cláudia Rigon, afirma que não há indícios da participação de militares no crime. “Testemunhas não reconheceram os policiais. Mas estamos investigando”, garante. Entretanto, Thiago afirma que um amigo de Rafael teria, sim, identificado os envolvidos após ver fotos de integrantes do 30º Batalhão da polícia, em Mauá. Segundo ele, as imagens foram apresentadas na sexta-feira.

A equipe do Diário procurou o responsável pela casa noturna, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.