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EUA não acreditam em relatório da AIEA sobre Irã
Da AFP
13/11/2003 | 08:50
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O vice-secretário americano encarregado do desarmamento, Jonh Bolton, disse nesta quarta-feira que é "impossível acreditar" no relatório elaborado pelo organismo de vigilância nuclear da ONU (AIEA) sobre o Irã. O documento concluiu que não há provas de que os iranianos estejam planejando fabricar armas atômicas.

"Depois de ter documentado de forma extensa as negociações e os enganos do Iraque em um período de 18 anos e ter feito uma longa lista de graves violações de compromissos do Iraque com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o relatório concluiu, porém, que não há provas da existência de um programa nuclear militar iraniano", declarou.

"Devo dizer que é impossível acreditar na afirmação contida neste relatório (...) Este não é o ponto de vista da administração", acrescentou Bolton, em discurso divulgado pelo Departamento de Estado.

Bolton, o mais alto responsável encarregado de assuntos relacionados ao controle de armas do departamento de Estado americano, é considerado um "falcão" que já expressou posições polêmicas sobre Cuba, Síria e Coréia do Norte.

O relatório interno sobre o Irã, apresentado na segunda-feira ao conselho de governadores da AIEA, indica que Teerã não respeitou os compromissos assumidos no Tratado de Não-proliferação, por produzir plutônio em segredo e esconder instalações de enriquecimento de urânio a laser.

O departamento de Estado declarou que o documento "reforça as preocupações" americanas sobre as intenções do Irã, acusado de investir em armamento atômico sob o pretexto de desenvolver um programa civil.

A linha dura adotada por Washington sobre este tema diverge da atitude moderada dos europeus, representados pelos ministros das Relações Exteriores da França, Dominique de Villepin; Alemanha, Joschka Fischer, e da Grã-Bretanha, Jack Straw. Eles conseguiram convencer Teerã a respeitar as exigências da AIEA.




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