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A contragosto, Lauro define Adelson no primeiro escalão

Prefeito de Diadema aceita presidente do PSB na Segurança Alimentar e abre mais duas vagas à sigla

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
31/07/2013 | 07:00
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O PSB venceu a queda de braço contra o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), e emplacou o presidente da sigla na cidade, Manoel José da Silva, o Adelson, como secretário da administração verde. Os detalhes foram acertados ontem, em reunião na Prefeitura. Adelson será apresentado como integrante do primeiro escalão na sexta-feira.

O dirigente ficará responsável pela Secretaria de Segurança Alimentar, mesmo cargo que ocupou durante mais de dois anos na administração do ex-prefeito Mário Reali (PT). O plano inicial dos socialistas era gerir a Pasta de Assistência Social e Cidadania – hoje com a vice Silvana Guarnieri (PTB) –, mas Lauro optou por manter a petebista na vaga.

Além de Adelson, o PSB poderá indicar mais dois filiados para cargos dentro da Secretaria de Segurança Alimentar, que está em comando interino de Indernes Martins dos Reis Júnior, o Júnior Despachante, desde a saída de David Schmitd do governo. Essa tratativa praticamente sela a ida do suplente de vereador Frank Miller (PSB) para a gestão Lauro, outra mudança que não agradava ao prefeito.

Lauro nunca escondeu aos integrantes do PSB que sua predileção era ter o vereador Célio Boi (PSB) como secretário. Ele chegou a oferecer a Pasta de Assistência Social e Cidadania, acreditando que o trabalho do parlamentar no setor traria mais frutos políticos.

Mas Célio Boi rejeitou a proposta principalmente por achar que, no primeiro escalão, sua atuação política ficaria restrita. Outro fator que resultou na recusa por parte do vereador foi o pedido do empresário Jadir Riato, seu afilhado eleitoral e que concorrerá a deputado estadual no ano que vem. Riato quer se escorar no parlamentar porque vai estrear em eleições.

A nomeação do presidente socialista encerra o período de acomodação de novos aliados no governo de Lauro. No mês passado, o chefe do Executivo havia anunciado o presidente do PR municipal, José Carlos Gonçalves, como secretário de Transportes, contemplando parte do grupo de nove vereadores que apoiaram Reali e que agora dão sustentação a Lauro na Câmara.

Adelson não retornou aos contatos da equipe do Diário.

TRAJETÓRIA AMBÍGUA

Adelson ganhou destaque no meio político diademense ao se eleger vereador em 2000. Esteve na bancada formada por quatro nomes – além dele, Eliete Menezes, Laércio Soares e José Zito da Silva, o Zezito. Mas não viu Gilson Menezes (PSB) renovar o mandato de prefeito, perdendo para José de Filippi Júnior (PT). Como parlamentar, fez oposição ferrenha a Filippi.

Em 2004, abdicou da tentativa de reeleição para ser vice na chapa de José Augusto da Silva Ramos (PSDB). Esteve presente no pleito mais disputado da história da cidade, quando José Augusto perdeu para Filippi, no segundo turno, por 554 votos.

Quatro anos depois, repetiu a dobrada, compondo com José Augusto, mas a parceria sequer passou do primeiro turno, já que Reali liquidou o pleito com 58% dos votos válidos.

Em março de 2010, Adelson aceitou convite de Reali para dirigir a Secretaria de Segurança Alimentar. A negociação também envolveu o retorno de Gilson ao PSB, pois o ex-prefeito havia composto a chapa do petista como vice pelo PSC.

Adelson manteve-se ao lado do PT na eleição de 2012, quando Reali bancou Gilson como vice. Nove meses depois, vai compor o governo de Lauro, ex-vereador que impediu a reeleição de Reali.




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