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Papa visita a Polônia nesta sexta-feira
Das Agências
12/08/2002 | 09:13
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Duas semanas de descanso em sua casa de campo após uma viagem pela América Latina permitiram ao Papa João Paulo II recuperar forças para enfrentar na próxima sexta-feira sua oitava visita à Polônia, sua terra natal. Esta será a última viagem internacional de sua agenda para este ano.

O sumo pontífice, de saúde perceptivelmente em declínio, aos 82 anos de idade e 24 de pontificado, vai dedicar um fim de semana prolongado em uma única cidade, Cracóvia. Em sua visita anterior, em 1999, ele percorreu em 13 dias os caminhos da nostalgia e da história, passando por cerca de vinte cidades e povoados.

Os sintomas do mal de Parkinson, que o afeta, já eram muito evidentes, mas o Papa ainda podia caminhar, mesmo com a ajuda de um bastão, e dirigir a seus compatriotas longos discursos, pois sua dicção era clara. Agora, ele é obrigado a utilizar um estrado com rodinhas e sua dicção é quase inaudível.

Um novo estilo de visitas pastorais de programas abreviados, aos quais se seguem longos períodos de recuperação, lhe foi imposto e o Papa parece ter aceitado.

Renato Boccardo, organizador das viagens, e Renato Buzzonetti, médico pessoal do sumo pontífice, calibram minuciosamente as jornadas de João Paulo II. Os dois Renatos, com a concordância do arcebispo Stanislaw Dziwisz, secretário pessoal de João Paulo II, insistiram em evitar-lhe a visita ritual de caráter formal ao chefe de Estado, fórmula já praticada em julho no Canadá, Guatemala e México.

As autoridades polonesas se mostraram compreensivas e aceitaram ir ao arcebispado de Cracóvia para evitar-lhe fadigas suplementares. O reunião com o presidente Aleksander Kwasniewski e o primeiro-ministro Leszek Miller durará uma hora.

Depois da recepção oficial no aeroporto de Cracóvia, não há nada previsto no programa. No sábado, o Papa celebrará uma missa no santuário da Divina Misericórdia, nos arredores da cidade.

No domingo, beatificará um dos pioneiros do catolicismo na Rússia, Zygmunt Szczesny Felisnki, natural de Wojutyn, atualmente território ucraniano.

Felisnki morreu em 1895 em Cracóvia, aos 73 anos. Depois de ter sido por pouco tempo arcebispo de Varsóvia, foi deportado para a Sibéria, onde viveu 20 anos.

Durante vinte anos, realizou uma importante atividade religiosa na Sibéria, onde conseguiu inclusive construir uma igreja. Os católicos que vivem atualmente na Sibéria são em grande parte descendentes dos católicos poloneses deportados a essa região.

O Papa beatificará também durante a missa de domingo um professor de teologia de Przemyslo, morto em 1948, e um missionário polonês, o padre Jan Beyzym (1850-1912), conhecido como "o apóstolo dos leprosos" em Madagascar, e a religiosa Sancja Szymkowiak, morta em Poznan, em 1942, aos 32 anos, quando se dedicava a ajudar os prisioneiros franceses e ingleses do exército alemão.




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