Política Titulo São Bernardo
Pery Cartola admite rever pontos de manual

Presidente da Câmara reclama do debate sobre cartilha: ‘Se houve exagero, vamos rever’

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
19/01/2017 | 07:00
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Presidente da Câmara de São Bernardo, Pery Cartola (PSDB) admitiu rever alguns pontos do polêmico Manual de Respeito ao Cidadão, que instituiu orientações de como o servidores da Casa devem se vestir e tratar os munícipes.

“No que houve exagero podemos conversar, repensar. No que houve excessos, vamos excluir, sem problema nenhum. Volto a falar: é um manual de orientação, não de obrigação, sem caráter punitivo. O que quero é dar padrão de excelência ao Legislativo. Desvirtuaram minha proposta”, reclamou o tucano.

Ontem, o chefe da Casa se reuniu com os líderes do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo para debater o tema. Presidente da entidade, José Rubem havia taxado o manual de “ridículo”. Em nota, o Sindserv informou que Pery avisou que não levará o conjunto de regras comportamentais adiante.

“Tendo em vista o posicionamento contrário do sindicato e também toda repercussão a qual o manual teve em função de seu teor, Pery Cartola afirmou que não irá levar o documento adiante, reconhece que houve exagero e que foi elaborado após a reclamação dos munícipes, segundo ele. Para o sindicato este encontro foi fundamental para que outras pautas de real interesse do servidor público possam ser discutidas com o apoio da Câmara e principalmente com a garantia de que não haverá punição e nenhum tipo de constrangimento aos trabalhadores que ali desempenham sua função.”

Dentre os pontos mais polêmicos da cartilha estavam a orientação para que mulheres evitassem decotes, uso de batom e unhas em cores escuras, maquiagem em excesso e roupas amassadas; preferência por uso de perfume com fragrâncias suaves; para os homens, a recomendação era para que não se usasse meias claras com roupas escuras nem deixar a barba por fazer.

O manual sofreu críticas de vereadores também e de políticos da cidade. Ontem, o Psol atacou a medida adotada por Pery. “Não é possível que em pleno século 21 e com tantas coisas para resolvermos – que, aliás, o nobre vereador tanto denunciava até dezembro de 2016 –, o presidente desta Casa esteja preocupado com etiquetas, esmaltes, batom, etc.” 




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