A pouco mais de três meses de encerrar mandato como presidente da Câmara de São Bernardo, o vereador José Luís Ferrarezi (PT) revelou que prevê cobranças de órgãos da Justiça no controle de gastos do Parlamento. A afirmativa foi feita após defender ações de austeridade implementadas no Legislativo ao longo de sua gestão, que, segundo ele, garantiram redução em R$ 1,5 milhão no Orçamento anual, além da equiparação no quadro de funcionários entre comissionados e efetivos.

Diante de exigência do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e do TCE (Tribunal de Contas do Estado), a Câmara de São Bernardo implementou de cortes de dois assessores em comissão em cada um dos 28 gabinetes. Efetivou concurso público para a contratação de 24 vagas.

“Foi conquista avançar com essa reforma (administrativa) para possibilitar tranquilidade dos cargos, além de evitar que houvesse intervenção da Justiça e mais postos de trabalho fossem extintos. Não houve manifestação do Judiciário até o momento, mas acredito que conseguimos obter fôlego e proporcionar ao próximo presidente mais tranquilidade em termos de gestão na Casa”, argumentou Ferrarezi.

O raciocínio foi utilizado quando o petista abordou sobre a contenção de despesas, destacando as medidas como cortes no uso de combustível nos carros oficiais. “Foi possível reduzir gastos, que ajudam muito em tempos de crise financeira. Vejo que deixa legado. Cabe à próxima legislatura aproveitar isso e não permitir mais excessos. Agora, espero que essa cobrança na contenção de despesas também não fique restrita à classe política”, endossou.