Esportes Titulo Pequim 2008
COB tenta maquiar fracasso do Brasil em Pequim

A delegação brasileira deixa Pequim com a sensação de que o resultado poderia ter sido muito melhor

Anderson Fattori
Especial para o Diário
25/08/2008 | 07:15
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A delegação brasileira deixa Pequim com a sensação de que o resultado poderia ter sido melhor. Ao mesmo tempo em que o País conquistou três ouros inéditos, nossos principais atletas falharam.

Grandes esperanças sucumbiram no momento de decidir. No judô, o bicampeão mundial João Derly tinha a certeza do ouro, mas saiu com as mãos vazias. Diego Hypólito, na ginástica, também. Fabiana Murer (salto com vara), Jadel Gregório (salto triplo), Thiago Pereira (natação) e Rodrigo Pessoa (hipismo) tinham ótimas chances, mas também ficaram sem medalhas.

Nos esportes coletivos, mais fracassos, como os ouros do vôlei masculino e do futebol feminino que escaparam, o desastre do futebol masculino e a pífia campanha do basquete feminino.

Contrariando os fatos, Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), afirmou que "o País teve o melhor retrospecto da história", mesmo com dois ouros a menos do que em Atenas (2004), quando o Brasil terminou em 16º lugar, contra a 23º obtido em Pequim.

Uma das modalidades que chamaram a atenção pelo lado negativo foi o vôlei de praia feminino, que ficou fora do pódio pela primeira vez desde que o esporte estreou nos Jogos, em Atlanta (1996).

Mesmo com amargas lembranças, Nuzman prefere adotar um discurso utópico. "O crescimento não deve ser medido apenas por medalhas. A presença em mais finais indicam evolução do Brasil", diz, apoiado nas 38 finais disputadas na China, superando o recorde de 30 em Atenas.

As declarações de Nuzman tem um significado: ele precisa justificar como que em Atenas, com investimento de R$ 90 milhões, o País ficou sete posições acima de Pequim, que contou com R$ 160 milhões. (Com Agências)




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